14 de dez. de 2011

Prematuro

No ventre do mundo
Nascem paixões incandescentes
Brotam flores em chamas e almas carentes,
tudo descansa no ventre do mundo.

No ventre do mundo
Labaredas dançam cirandas nuas
ao som de canções só suas.
Existe vida no ventre do mundo.

 E quando o parto acontece
No rasgo, no arrombo, na fúria
O destino nos desgraça à sorte do que nos parece
um brinde à morte na mais pura luxúria

E no ventre do mundo
Surgem as filhas da canção,
bailando lanças ao coração
dos que desejaram ter tudo.

Declara-se loucura desmedida
Aos que juraram amor,
porque é pela dor
que se mede a profundidade da vida.


E o paraíso concreto
Construído às bases do sonho
se parte ainda desperto
Porque a utopia o faz estranho.

Oscilam-se as crenças.
Acinzenta-se a mente.
Não há diferença.
A verdade só mente.

E no ventre do mundo
Minhas palavras somem,
Por saber que não importa o que eu diga ou faça
Estamos todos, no ventre do homem.

12 de out. de 2011

"César is home"

A saga "Planeta dos macacos", se é que posso chamar assim, mexe muito com meu imaginário, e definitivamente a proposta de Rupert Wyatt me fez pensar na possibilidade de isso um dia acontecer de verdade.

Há muito tempo que me pergunto sobre onde foi parar a antiga fórmula de filme simples, mais fotografia simples, menos recursos de efeitos visuais espetaculares - a não ser a humanização dos macacos, neste caso - igual à público satisfeito e preso ao filme do início ao fim. Esta foi a fórmula usada em Planeta dos macacos: A origem.

Muito do que nos aterroriza está diretamente relacionado ao fato de algo sair do controle do homem. Um vírus manipulado com o objetivo de ser a arma biológica perfeita que instaura caos no mundo e inicia o apocalipse zumbi, máquinas ganhando consciência e acabando com a espécie humana, extra-terrestres que decidem nos enfrentar porque sua tecnologia de longe é superior a nossa, tudo isso fomenta no homem um pavor tão inconsciente que há anos filmes que retratam estes cenários fazem sucesso invejável.

Dessa vez, a teoria de que a inteligência dos símios poderia ser estimulada e desenvolvida artificialmente sugere que, num dia desses, quando em maior quantidade, eles poderiam se rebelar contra a espécie que se entende dominante e tomar para si o planeta inteiro. Sinceramente? Acho pouco provável, mas muito viável. Inteligentes e fisicamente mais capazes que nós, os macacos não tardariam a nos escravizar e exterminar caso quisessem. Cara, que filme sinistro! rsrs

Destaque para muitas cenas em que César retrata suas paixões humanas, mas em especial a que ele diz sua primeira palavra. Os recursos utilizados para humanizarem nosso chimpanzé problemático nos fazem entrar em seu mundo e justificar sua maneira distorcida de ver as coisas sem dificuldades.

A origem do Planeta dos macacos é com certeza um excelente filme de ficção... Cadê a continuação? Eu quero!

César, o marco zero.

FICHA TÉCNICA
(Rise of the Planet of the Apes, 2011)

Diretor: Rupert Wyatt
Elenco: James Franco, Tom Felton, Freida Pinto, Andy Serkis, Brian Cox, John Lithgow, Tyler Labine, David Hewlett, Sonja Bennett , Jamie Harris, Leah Gibson,David Oyelowo.
Produção: Peter Chernin, Dylan Clark, Rick Jaffa, Amanda Silver
Roteiro: Rick Jaffa, Amanda Silver
Fotografia: Andrew Lesnie
Trilha Sonora: Patrick Doyle
Duração: 106 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ficção Científica
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Twentieth Century-Fox Film Corporation / Chernin Entertainment
Classificação: 12 anos

Sinopse
No mundo contemporâneo, o jovem cientista Will Rodman (James Franco) está a frente de um grupo de pesquisadores que desenvolvem experimentos genéticos em macacos. Uma de suas experiências é o símio César (Andy Serkis) que com sua super inteligência vai liderar uma rebelião contra os humanos. 

Conan não é bárbaro

Gastei tanto do meu tempo e da minha capacidade de criticar um filme no meu Facebook falando sobre Conan, que agora que tenho de expor tudo aqui fico até meio que tonto.

Para falar desse filme, começo com uma dica: espere para ver Conan na "Tela Quente", ou no TNT, qualquer coisa, mas não gaste seu dinheiro de forma direta com este filme. 3D então, nem pensar!

É simples assim, Conan é um filme bacaninha de roteiro ruim com "R" maiúsculo. Tá, não é um filme bom, bom... É bom apenas. A edição ficou muito precária a ponto de antes de terminar a cena e a música da cena, pularem para outra. A trilha sonora deixou muito a desejar também. Basta esbarrar por acaso com as trilhas dos filmes antigos e pronto, você concordará. Fato é que haviam criado muita expectativa sobre o filme que pretendeu apenas ser uma releitura da personagem e sua história, sem referências ao que já havia sido feito. Entretanto, uma legião de fãs de quadrinhos de Conan esperava mais. Ver Jason Momoa no papel inspirou-nos a esperar pelo melhor, afinal he feats! Só que não foi bem por aí.

Marcus Nispel não é o maior nome do cinema quando o assunto é ação, mas o cara sabe o que faz. Apesar de todas as barreiras encontradas por sua produção para executar Conan como ele esperava, o filme saiu, e o que importa não é o background da produção, é o que nós pagamos para assistir. As cenas de batalha, por exemplo, não são de todo ruins, mas depois que o cinema descobriu o parkour ninguém mais é lutador se não souber uns movimentos. Para se ter uma ideia, em determinados momentos, no meio das piruetas a espada de nosso Bárbaro favorito apenas toca no corpo do adversário e um balde de sangue é arremessado para o lado. Tarantino faz sangue jorrar em melhor estilo. Você pode pensar que estou exagerando que sou mais um daqueles cineastas frustrados, mas não é verdade. Não sou cineasta, jamais o seria, apenas gosto de filmes bons. E acho que todos merecemos filmes bons, só isso.

Poderia falar um pouco mais sobre o filme, mas quando tento lembrar sobre Conan minha memória me faz lembrar de Príncipe da Pérsia, um filme de boa fotografia, linear, mas que nunca será lembrado por ser muito bom especialmente com um final daqueles... Agora deu pra perceber que é uma outra grande galhofada?

Conan por Jason Momoa

FICHA TÉCNICA
(Conan The Barbarian, 2011)

Diretor: Marcus Nispel
Elenco: Rachel Nichols, Rose McGowan, Stephen Lang, Ron Perlman, Jason Momoa, Leo Howard, Bob Sapp.
Produção: Boaz Davidson, Joe Gatta, Avi Lerner, Fredrik Malmberg, Les Weldon
Roteiro: Thomas Dean Donnelly, Sean Hood, Joshua Oppenheimer, baseado na história de Robert E. Howard
Fotografia: Thomas Kloss
Duração: 115 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Califórnia Filmes
Estúdio: Lionsgate Films / Millennium Films / Nu Image Films
Classificação: 16 anos

Sinopse
A refilmagem do longa-metragem de John Milius de 1982 recria a história de Conan (James Momoa), que vive no continente Hyboria e sai em missão que irá vingar a morte de seu pai (Ron Perlman) e o massacre da aldeia onde vivia. Na jornada, torna-se o grande defensor para a sobreviência da nação.

Lanterna... dos afogados

Certo, certo, não estou falando da música dos Paralamas. Mas se você é um daqueles maníacos que leu quadrinhos a vida inteira e esperou por este momento único por toda uma vida e descobriu que não valeu tanto a pena, vai entender o trocadilho.

Lanterna Verde pode não ser o filme do ano. Roteirozinho batido, filme fraco, atuação mediana do protagonista, mas quem estava esperando algo diferente disso, por Oa! Não tinha como esperar que o filme fosse merecer qualquer Oscar, vai. Só que não podemos nos furtar de dizer que os efeitos especiais surpreenderam, e surpreenderam muito. Imaginei, sinceramente, que os efeitos ficariam muito abaixo do que vi, afinal, interpretar um poder que de alguma forma altera a realidade de acordo com a vontade de quem o utiliza é de fato uma tarefa difícil, e depois, sabemos que Hal Jordan pode ser um dos melhores, mas nunca foi conhecido como o mais criativo dos Lanterna, mas as manipulações do anel ficaram boas.

Gosto de como retrataram Sinestro. Simplesmente perfeito. Já Parallax... Sem comentários. Sabe quando o dinheiro da produção acaba e tudo o que você pode fazer é criar uma massa disforme, sem muitos detalhes, que é assustadoramente grande e vai acabar devorando tudo o que existe, pra não ficar tão mal na fita? Foi o que fizeram e me deu um pouquinho de pena, porque a proposta não foi reescrever a história, e sim leva-la ao cinema. Mas nada é perfeito, nem essa trilha sonora...

No final das contas, as melhores cenas acabam valendo o filme para os fãs. Destaco a fuga de Abin Sur e, é claro, Sinestro revelando-se o líder da Tropa Amarela tentando nos motivar para ir ao cinema ver o "2". Por você, Sinestro... Por você vou pensar no caso.

Sinestro por Mark Strong



FICHA TÉCNICA
(Green Lantern, 2011)

Diretor: Martin Campbell
Elenco: Ryan Reynolds, Blake Lively, Peter Sarsgaard, Mark Strong, Temuera Morrison, Jenna Craig, Tim Robbins, Angela Bassett, Jon Tenney, Taika Cohen, Jeff Wolfe.
Produção: Greg Berlanti, Donald De Line
Roteiro: Greg Berlanti, Michael Green, Marc Guggenheim, Michael Goldenberg
Fotografia: Dion Beebe
Trilha Sonora: James Newton Howard
Duração: 114 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Warner Bros. / DC Entertainment
Classificação: 10 anos

Sinopse
Em um universo tão vasto quanto misterioso, uma pequena mas poderosa força existe há séculos. Protetora da paz e da justiça, ela é conhecida como a Tropa dos Lanternas Verdes. Uma irmandade de guerreiros designada a manter a ordem intergaláctica, na qual cada Lanterna Verde possui um anel que lhe garante superpoderes. Porém, um novo inimigo chamado Parallax ameaça destruir o equilíbrio das forças do Universo e o destino dos guerreiros e do planeta Terra estará nas mãos do seu mais novo recruta, o primeiro humano a ser selecionado para a Tropa: Hal Jordan (Ryan Reynolds), um piloto de testes talentoso e audacioso.

6 de set. de 2011

A simple thing


I've seen birds singing their odds to the universe
If I could understand it from the beginning
I might not have been dreaming
I would have put these feelings into this verse

Trees dancing faithfully with the whole nature
No worries, no crying anymore
I saw children playing, you can make sure
They are our future, but I want more

I want a rising sun on the horizon of eternity
I want it all, the wind and everything
The changes, the good and bad about humanity

I keep moving my way counting on nothing
Because in life I had always this certainty
That to have the choice I do not have to do anything.

25 de ago. de 2011

Aprovado

Uma Prova De Amor, definitivamente, foi um dos filmes mais comoventes que vi este ano e realmente não esperava tanto de um filme cujo tema vem sendo pano de fundo de diversos, e eu repito, diversos dramas no mundo do cinema. É claro que falar sobre câncer ainda é meio tabu, especialmente porque nossa medicina ainda não atingiu o ponto chave nas pesquisas sobre uma possível cura. Talvez alguma outra já tenha se aproximado bastante disso, mas enfim, não é o tema do texto.

Gosto do filme porque além de bonito tem uma linguagem bastante peculiar, psicológica eu diria. Não é mais uma daqueles filminhos lineares de sessão da tarde, embora ainda possa ser visto lá. A história em si, as personagens, tudo me agrada bastante. As cenas são verdadeiras e pra quem já teve algum histórico com a doença, prepare-se, rola um certo tipo de catarse.

O filme não trata apenas do câncer, fala sobre família, valores e descobertas. Fala sobre o quanto ainda estamos engatinhando para o mundo quando esquecemos que nada depende única e exclusivamente de nós, que existe ainda muita coisa fora de nosso alcance e controle, e que isso nos faz crescer.

Destaque para a atuação de Cameron Diaz e Sofia Vassilieva que demonstraram muita entrega às personagens e nos fazem sentir como um outro alguém em seus conflitos de "mãe e filho".

(Guardem bem esta imagem, assistam e entendam o meu destaque.)


FICHA TÉCNICA

(My Sister’s Keeper, 2009)
Diretor: Nick Cassavetes
Elenco: Cameron Diaz, Alec Baldwin, Abigail Breslin, Walter Raney, Sofia Vassilieva, Heather Wahlquist, Jason Patric, Evan Ellingson.
Produção: Stephen Furst, Scott Goldman, Mark Johnson, Chuck Pacheco, Mendel Tropper
Roteiro: Nick Cassavetes, Jeremy Leven
Fotografia: Caleb Deschanel
Trilha Sonora: Aaron Zigman
Duração: 109 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: PlayArte
Estúdio: Curmudgeon Films/ Gran Via Productions/ Mark Johnson Productions
Classificação: 12 anos

Sinopse
A pequena Anna (Abigail Breslin) não é doente, mas bem que poderia estar. Por 13 anos, ela foi submetida a inúmeras consultas médicas, cirurgias e transfusões para que sua irmã mais velha, Kate (Sofia Vassilieva), pudesse, de alguma forma, lutar contra a leucemia que a atingiu ainda na infância. Anna foi concebida para que sua medula óssea prorrogasse os anos de vida de Kate, papel que ela nunca contestou. Até agora. Tal qual a maioria dos adolescentes, ela começa a questionar quem realmente é. Mas, ao contrário da maioria dos adolescentes, ela sempre teve sua vida definida de acordo com as necessidades da irmã. Então, Anna toma uma decisão que seria impensável para a maioria, uma atitude que abalará sua família e, talvez, tenha terríveis consequências para a irmã que ela tanto ama.

16 de ago. de 2011

Efemeridade

Ela nunca imaginou que acabaria assim.

Deu seus primeiros passos e já traçava com isso seu destino. Preocupou-se em fazer a diferença em cada atitude, sem esquecer-se de passar despercebida. Cuidou de sua dieta comendo apenas o necessário e quando o momento de necessidade chegou deu tudo de si. Rompeu barreiras, superou dificuldades e ultrapassou obstáculos. Amadureceu. Buscou por momentos de pura leveza. Vestiu-se com cores que nem mesmo a vaidade daria conta de descrever. Viveu intensamente cada segundo ao deixar seu legado por onde quer que passasse.

Ao final daquele dia já estaria cansada. Tão cansada a ponto de não querer mais conhecer o mundo. Andar por aí seria agora um sacrifício. Não havia motivação, verdade que a fizesse continuar. Sua vida frágil, seu fôlego triste, o seu próprio perdão. Nenhum arrependimento, apenas a morte nos rincões da vida, no mais profundo abismo da alma.

Borboletas se vão todos os dias como folhas atiradas ao vento. Com seu ballet inexplicável valseiam lições sobre o tempo que o egoísmo humano não nos deixa compreender. A tristeza e a dor na mudança, o apego ao momento de reclusão para se erguer com força...

Ouvi muitas vezes que somos como folhas atiradas ao vento. Prefiro ver a vida humana como pequenas borboletas no cosmo da imensidão.

11 de ago. de 2011

Naufrágio

Navios e barcos que não posso alcançar
riscam as telas dos oceanos,
lançam nas águas sua sorte, seus planos
Abandonam passado e destino no mar.

Ilustram com cores imóveis no cenário deserto
onde tudo o que poderia ser tão perto
permanece distante e comum.
Num dia é verde, noutros certamente é azul.

E quando cai a noite nessa imensidão de sonhos e enganos
espero pelo sol de outro dia, e mais outro, e mais um.
No entanto, passei por entre a morte

e vi em vida tanta água bater em seres humanos
Que talvez sem sorte
Não lembro ter visto romper com isso rochedo ou coração algum.

5 de ago. de 2011

Silêncio

A arte de calar
é escrever as frases que nunca serão ditas
em linhas de pensamento
nas páginas do esquecimento.

2 de ago. de 2011

Avante, Vingadores!

Para quem esperava que este seria o filme do ano, pelo amor de Deus! Acho que andaram fazendo confusão por aí, hein.

Capitão América é somente o cara que grita: Avante Vingadores! Nada mais que um supersoldado bundão, símbolo do imperialismo norte-americano. Aquela desculpa para esfregarem a bandeira deles na nossa cara num uniforme meio ridículo. Exageros à parte, dos filmes da Marvel, Capitão está no patamar de Thor pra mim porém por motivos diferentes. Achei Thor esculhambado pelos erros, pelo excesso de humor, por ridicularizarem Loki, essas coisas. Em Capitão não. A personagem é carismática, se aproxima dos humanos, não possuir tantos poderes assim, possui carater e honra, mas não vai além disso! Pegue um filme de guerra comum e verá nele um Capitão América.

Não tenho do que reclamar dos efeitos, aliás, uns até forçaram a barra, mas eu gostei! Depois de todas as adaptações à personagem, ficou muito fiel à proposta da Marvel. O ruim foi ver no Tocha Humana o Steve Rogers.

Stan Lee marca presença no filme com sua célebre fala, arrancando risos da platéia, e é claro, ele! Hugo Weaving fazendo a diferença no elenco ao interpretar fielmente o Caveira Vermelha como não imagino qualquer outro fazendo.

Pessoal, considero Capitão América o aperitivo para os Vingadores lembrando que o filme é bom, apesar de um lugar comum. Destaco a cena em que ele, ao rádio, se despede da agente do exército americano vivida por Hayley Atwell e seu adorável sotaque britânico.

(O Caveira Vermelha por Hugo Weaving)


FICHA TÉCNICA

(Captain America: The First Avenger , 2011)
Diretor: Joe Johnston
Elenco: Chris Evans, Samuel L. Jackson, Hugo Weaving, Sebastian Stan, Hayley Atwell, Toby Jones, Tommy Lee Jones, Dominic Cooper, Neal McDonough.
Produção: Kevin Feige
Roteiro: Joe Simon, Stephen McFeely, Christopher Markus, Jack Kirby
Fotografia: Shelly Johnson
Duração: 124 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Marvel Enterprises/ Marvel Entertainment/ Marvel Studios
Classificação: 12 anos

Sinopse
Steve Rogers (Chris Evans) tem saúde frágil, vem de família pobre e sonha em fazer parte do exército americano. Esse sonho se inviabiliza por conta dos problemas de saúde, mas chama a atenção de um general que vê a dedicação do garoto. Por isso, o general o convida para participar do teste do soro radioativo chamado Supersoldado. Rogers, então, fica saudável e começa o treinamento intensivo para lutar contra o mal na liderança do grupo Os Vingadores.

Oh, Harry!

Ok! Não li os livros, admito que não os lerei e não por os considerar ruins, mas por não me interessar tanto ou não considerar que eu dedicaria tanto tempo para ler uma história que já conheço tendo tantos outros livros para ler. Tudo isso para dizer que o pouco que conheço do mundo mágico do quatro-olhos mais querido do mundo me fez gostar, e não apenas gostar, mas curtir bastante o filme, ou melhor, todos eles!

A evolução de Harry Potter no cinema se deu, talvez, de maneira ainda mais gritante que sua evolução nas páginas dos livros. Imagem e movimento garantem a magia, mas não apenas isso, o som, ou melhor, toda a trilha sonora da grande saga nos mostra o quanto "o roteiro do filme cresceu" ao longo dos anos. Prestei muito atenção à trilha deste filme, em especial, e fiquei satisfeito ao revisitar músicas do primeiro lançamento.

Não vou me prender tanto aos detalhes, seriam muitos e como disse, não sou um dos fãs mais dedicados, eu apenas vi os filmes. Avalio este último como sendo ótimo e sinceramente, senti pena dele ter acabado em apenas duas horas. Merecia mais tempo, mesmo ele sendo a "parte 2". Com isso, acho apenas que a velocidade dos acontecimentos prejudica o filme. Cenas que deveriam ficar para a história como a de Snape (Alan Rickman) morrendo, ou melhor, chorando, valorizadas em longos minutos, em particular, passam muito depressa. Uma pena.

Meu destaque não poderia ir para outra que não Helena Bonham Carter como polissuco de Hermione. Um exemplo de como se fazer laboratório, construir personagem e tirar 10 em arte dramática.

Tanto já foi dito, e por gente tão mais conhecedora que eu, que não sei mais o que dizer a não ser que recomendo o filme. Vale à pena!


(Helena Bonham Carter como Belatriz)

FICHA TÉCNICA

(Harry Potter and The Deathly Hallow: Part II, 2011)
Diretor: David Yates
Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Helena Bonham Carter, Ralph Fiennes, Alan Rickman, Bonnie Wright, Tom Felton, Maggie Smith, Jim Broadbent.
Produção: David Barron, David Heyman
Roteiro: Steve Kloves
Fotografia: Eduardo Serra
Ano: 2011
País: EUA/ Reino Unido
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Warner Bros./ Heyday Films

Sinopse
No capítulo final da saga, Harry Potter (Daniel Radcliffe), Hermione (Emma Watson) e Ron (Rupert Grint) terão de fazer um último sacrifício para reunir os demais horcruxes, antes que Voldemort, em posse da Varinha das Varinhas, ataque Hogwarts.

Punch Sucks

Cara... Efeitos especiais bacanas, mulheres bonitas, uma boa ideia mau aproveitada foi o que achei de Sucker Punch.

Sinceramente nem pensei que deveria falar muito deste filme porque não tem o que dizer. Em alguns momentos pensei se tratar de mais um episódio da série Aeon Flux (e estou falando do desenho mesmo). No meio de um roteirinho fraco, a ideia de que a loucura e a realidade se esbarram por linhas tênues é até muito contemporâneo, cult, sei lá. Mas a forma como isso é colocado acaba ficando meio estúpido.

Mas, como disse, queria ver um baita filme da Marvel ou da DC com alguns desses efeitos. Não destaco nada de especial além do charme de Carla Gugino. Foi apenas mais um filme que passou e eu vi. Sorry...

(A lindíssima Carla Gugino como Madam Gorski)


FICHA TÉCNICA

(Sucker Punch, 2011)
Diretor: Zack Snyder
Elenco: Jena Malone, Jamie Chung, Abbie Cornish, Emily Browning, Carla Gugino, Vanessa Hudgens
Produção: Deborah Snyder, Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder, Steve Shibuya
Fotografia: Larry Fong
Trilha Sonora: Tyler Bates, Marius De Vries
Duração: 110 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Legendary Pictures / Warner Bros.
Classificação: 10 anos

Sinopse
Esta fantasia épica de ação traz a garota Baby Doll (Emily Browning), que é internada em uma instituição mental por seu perverso padrasto, na qual passará por uma lobotomia em cinco dias. Enquanto o dia não chega, a garota cria um mundo alternativo, onde precisa roubar cinco objetos para fugir de um homem que pretende estuprá-la.

28 de jul. de 2011

Coisa de mulherzinha

A cada dia conheço mulheres nos mais diversos campos de atuação. Elas ocupam funções antes jamais pensadas para o público feminino. Caixas de banco, gerentes de negócios, motoristas, entregadoras... Vi mulheres ocupando vaga de marinheiro e trabalhando à bordo de navios por dias, sem descanso. Não há mais praticamente nada que não façam.

É claro que algumas características femininas colaboraram para este estágio em que chegamos. Multitarefa, resistência à dor, visão familiar, a maneira como preferem não lidar com riscos altos, enfim, características que não são encontradas na maioria dos homens no mercado. Elas chegaram e chegaram com tudo! Talvez tenham escutado demais aquela frase na infância: isso é coisa de mulherzinha! Vamos brincar de casinha? - pediam. O homem, distante deste universo, perdeu a chance de aprender um pouco ao dizer não. E isto não é uma campanha para que os homens digam sim, é apenas uma constatação de que tabus a parte, se as mulheres conseguiram superar o trauma histórico do preconceito, se futebol com cerveja não é mais coisa de macho, nós homens precisamos fazer uma autoanalise para descobrir onde estamos errando.

Muito embora pareça, esta não é uma guerra dos sexos. Se a biologia explica que as fêmeas estão em maior número por serem mais adaptáveis ao ambiente, quem seremos nós ao contrariarmos Napoleão para entrarmos numa batalha perdida? Temos de aprender a lidar com isso e reconhecer a mulher como força motriz em nossa sociedade.

Porém cabe advertir: na mitologia grega somente uma entidade tinha o poder de julgar e condenar qualquer Deus à dor e à loucura, era "As Fúrias", ou seja, mulheres. Se de todas as espécies na natureza as fêmeas são sempre as mais perigosas, se existiu uma guerra dos sexos... É senhores, admitamos a derrota.

18 de jul. de 2011

Vidas e estradas

Senti sua fragrância como quem deita em uma cama quente e confortável, feita para a medida exata de um cochilo no fim de tarde, com o sol atravessando as cortinas, com vento fresco beijando os lençóis.

Olhei para seu riso gostoso, suas formas macias, seus cabelos levemente ondulados e pretos... Para seu imenso casaco de lã. Senti sua ansiedade madura, seu sono indevido e pensei estar em casa outra vez.

Possivelmente nunca mais ouvirei seu sotaque ao se lamentar das coisas da vida. Nunca mais lembrarei de seu rosto curioso. Não nos veremos mais. Mas o cheiro de roupa limpa permanecerá em minha lembrança como um pedaço gostoso de casa que foi parar naquela jovem senhora por engano. Um retrato em perfume... Um bem querer.

Meu ônibus chegou. O dela também.


14 de jul. de 2011

Cotidiano

Era manhã no Departamento de Polícia Federal quando uma senhora, no auge de seus 90 e todos de idade adentrou o recinto ajudada por uma mulher que parecia ser sua filha.

Silenciosamente a mulher, de meia idade, acomodou a senhora em uma das cadeiras da área de espera do atendimento e lá a senhora permaneceu quieta, muda, absolutamente imóvel. Sua pele já em muito castigada pelo tempo, suas mãos marcadas, suas roupinhas de vovó a faziam lembrar uma imigrante européia. Talvez fosse, pois ali também se realizavam atendimentos para estrangeiros.

Muito cautelosa, a senhora se movimentou finalmente. Virou o pescoço curtinho em direção a sua acompanhante, mas não olhou para ela e sua voz pode ser ouvida pela primeira vez:

- Em toda mi vida io nunca fui tão ofendida. - Dizia a senhorinha miúda com voz baixa e rouca com um sotaque levemente italiano.
- Nunca fiz um mal a ninguém e agora tenho que me apresentar a policía. Mio Senhor, mio Santo Antonio, dai-me coragem! Logo io que nunca matei una barata... A barata aparecia ali no canto da parede e io espantava, dizia "afasta-te baratinha", mas não, isso não conta.

A mulher que a acompanhava a repreendeu:
- Mamãe, já não falamos sobre isso? A senhora esqueceu?

Imediatamente a senhora se calou. Um minuto depois ela retomava o discurso muito desapontada e inconsolável. Desta vez, junto de suas palavras, gestos e mais gestos incontidos:
- Io só quero que fique bem claro que io nunca que fiz nada a ninguém, mia Nostra Senhora... Como é que podem fazer isso comigo que sempre fui tão boazinha... Não mereço isso! Olha como que io estou tremendo... Tenho medo de la policía. Io não fiz nada, estou parlando que no fiz, no fiz!

O aparente desespero daquela senhora provocou na filha um riso contido. Certamente ela não estava sendo acusada de nada. A velinha reclamava para si mesma, inconformada enquanto sua filha ria e olhava ao redor com certo ar de vergonha. Estava claro que se tratava de um daqueles rompantes de velhice, que aos sortudos, um dia há de chegar. Porém, as risadas contidas da filha se transformaram em gargalhadas contagiantes mediante o desespero de sua mãe. Mais e mais pessoas aderiram à grande piada. Em segundos, todos ali riam e não havia nada que pudesse ser feito para que a senhorinha se calasse. Em certo ponto chegava a dar pena. Talvez ela não estivesse entendendo o porquê de estar ali, e nem que os estranhos daquele lugar riam dela, mas em seu mundo, algo terrível estava para acontecer.

Não tardou até que um Agente Federal viesse para atendê-las. A senhora, ao olhar para ele baixou sua cabeça enquanto era erguida de seu lugar com a ajuda da filha e continuou a murmurar seus lamentos. A filha tentava conforta-la, porém era inútil. Ambas cruzaram a porta do atendimento e sumiram de nossas vistas.

Minutos depois, elas retornam. A senhora parecia um pouco mais aliviada, mas ainda decepcionada por ter sido levada à polícia. Então, cutucou a filha:
- Agora vamos embora?
-Sim, mamãe, vamos sim. Viu só? Eu não disse que não demoraria nada?
- Mas também, io disse que era inocente, io disse! Io nunca matei una barata... una formiga!

Enquanto falava, gargalhavam todos na sala, mais uma vez. A senhora repetia toda a história para si mesma durante a cena cômica, quando a filha deu o pior dos desfechos para a minha surpresa. Virou-se ela para todos da sala sinalizando que sua mãe estava louca. Movimentou os lábios sem emitir um som dizendo "ela está caduca, coitada". Os risos aumentaram, mas em mim um enorme silêncio se fez. A imagem daquela senhora pequenina, indefesa da malícia de todos e que estava entendendo pouco o que acontecia ao seu redor, de feições aflitas por pensar que todos ali poderiam vê-la como uma criminosa, cortava meu coração com pesar. Sua filha já cansada das aventuras da mente de sua mãe... Uma delegacia. Estranhos. Deve ser difícil acordar todos os dias e ver o mundo com olhos que só você possui. Sair do cotidiano normal e invetar um mundo só seu... Ou ser jogado dentro dele sem nem mesmo querer, e não ter alguém ao seu lado para partilhar isso ou pelo menos te tratar com respeito.

Eu sei que você nunca matou nem mesmo uma barata. Acalme-se, vai ficar tudo bem.

29 de jun. de 2011

Capricho

Ante ao espelho das horas
angústias e pegadas sem fim.
Solidão companheira, sem demora
encontra um espaço em mim,

Com suas juras de amor temporário
nenhum carinho, desejo ou verdades puras
Datas marcadas em um calendário
Reflexo vazio às escuras.

No entanto me vejo em alguém
obscurecido entre pensamentos, jóias, pinturas.
Perdido por não saber o que me mantém,

recorto na mente multiplas gravuras
descubro a grandeza de meu próprio desdém
estou novamente fechado, lacrado com minhas loucuras.

28 de jun. de 2011

Deus nos livre de um estado evangélico!

Foi lá pelos idos do século XVI, quando na ocasião das Reformas Religiosas na Europa, que a invenção de Gutenberg possibilitou a difusão das sagradas escrituras da Bíblia. Martin Lutero, na Alemanhã, que não era bobo nem nada, tratou de se livrar do monopólio da Igreja Católica Apostólica Romana traduzindo a Bíblia da forma que achava interessante e fundou a primeira Igreja Evangélica ou Protestante da história do mundo, a Igreja Luterana (ha-ha! O que ele queria não era bem isso, mas os nobres transformaram o movimento religioso em movimento político e "zaz"). Estava sacramentado: Igreja e Estado haviam rompido.

Séculos depois o saldão não me agrada. Seria muito dizer que já naquela época, a maldita aristocracia havia desenhado um projeto? Sim, porque a "nova" igreja favorece ao comércio, à economia, (não podemos esconder a verdade por detrás do protestantismo que é o dinheiro) e o mundo hoje vive em função de suas relações econômicas. Os países mais ricos do mundo, com excessão dos orientais, são evangélicos. EUA, Alemanha, Canadá, Grã-Bretanha, Suíça, Suécia, e por aí vai a lista. Lutero queria sim detonar a Igreja Católica, mas religiosamente falando. Só que mais do que isso, haviam desenhado um futuro para o Estado, um futuro evangélico.

No Brasil, a coisa está ficando feia, diria que "abençoada" demais. No Rio de Janeiro, perdemos a conta de quantas igrejas existem. Aliás, arrisco a fazer a seguinte observação: existem mais igrejas que padarias nas áreas mais carentes do Rio.

Elas surgem como que do nada com apoio da comunidade local, apoio financeiro vindo de famílias que não possuem muito. A desculpa é que "a obra do Senhor não pode parar". Quem é esse Senhor de quem falam? Se for o mesmo Cristo do qual falam outras doutrinas religiosas, eu duvido. Devem ser os pastores, até porque, os caras viram líderes religiosos em pouco tempo. Dali a pouco, líderes comunitários. Passam a regular a vida das pessoas daquela comunidade que no final das contas, acabam esquecendo quem deveria ser seu exemplo primeiro, Jesus. Mas é claro, se O Cara estivesse em primeiro plano, seus "emissários" não estariam lá na frente ditando as regras do jogo, morando de graça, viajando e dirigindo carros importados. Não entra na minha cabeça que um pastor tenha tanto quando seu maior exemplo teve tão pouco. Acho que o curso de teologia anda meio defasado, sem disciplinas certas... Economia eu sei que tem.

Mas o que mais me assusta não são os escândalos envolvendo igrejas evangélicas, até porque, diante de tantas, sei que o número de igrejas honestas deve ser maior que o de igrejas filhas daquela senhora, existe gente boa em todo lugar, prefiro acreditar, inclusive, que existe mais gente boa que gentinha, no mundo. O que me assusta mesmo são a quantidade de canais de tv e rádio que essas igrejas estão comprando, e com eles os abortos que tem produzido. Os programas são péssimos. Os pastores, cada um mais fake que o outro. Abusar da fé humana é uma prerrogativa histórica, ok. Mas Ele avisou: "haverão falsos Cristos e falsos profetas." Nas igrejas então...

Não adianta negar, eles estão tentando realizar o projeto de Martin Lutero. Vamos rezar para que morram na praia?! Não dá pra encarar um futuro retrógrado em que o Estado, que no nosso caso já não anda lá essas coisas porque nosso Governador insiste em ser absolutista, aliado à Igreja, qualquer que seja ela, resolva regular a vida de seus cidadãos.

Fica aqui o recado: estudem mais, leiam, sejam críticos. Perguntem-se se existe a necessidade de se criar um império em torno de um homem que pregava amor e humildade. Eu, se fosse ele, estaria com vergonha.

22 de jun. de 2011

Palavras mofam...

Com o tempo, tudo há de se decompor.

Nunca mais olhei para as fotografias da mesma forma. Em cada imagem um amarelado, um avermelhado diferente. Casas que não se constroem mais. Quintais que jamais terão árvores para se subirem novamente. Nenhum parquinho de areia será o mesmo mais uma vez. Roupas que não nos cabem, penteados inaceitáveis, costumes falidos. E conosco, as palavras escritas no tempo mofaram. Desamores, rompantes de paixão, felicidade incontida, nada mais faz sentido. A efemeridade das coisas novas nos roubou o valor das coisas velhas e o que nos constituiu a verdade, não mais o fará. Perderá rapidamente a cor, cairá no infinito vão entre o homem e a realidade.

Com o sonho, tudo há de se recompor.

21 de jun. de 2011

Rio has a trouble: cleansing or solving?

At first, I would like to thank you, foreigner readers, for all the support you give me when you visit this blog. Maybe I have to apologize because I've never post something in English here. So, this will be my first try. Hope you all enjoy it!


Rio de Janeiro is facing a very hard trouble: drug traffic. In spite of the fact that your newspaper maybe does not have this kind of subject on its pages when talking about Brazil, our population here has to deal with this problem daily.

As we all know drugs are a worldwide problem. But here, in Brazil, specially in Rio, our Government has to combat not only its social effect but its organization, or better, all of the organizations that exist here. They occupy the slums, forcing young boys to work for them as true soldiers persuading them by a small amount of money that its poverty and misery are not capable of producing.

Geographically, our city has grown around the slums, and, as a cultural capital - in southeast of Brazil - Rio de Janeiro used to attract people from all parts of the country, people who were after a chance of success or just money, and it still does. As long as the city could not offer them these possibilities, slums were growing but the state was weak. Historically, our Government was out of money during this period, and in fact, there was not any kind of public policy to help this situation not to happen. This scenery added to bad salaries for our police forces made our police corrupt. Policemen started to close their eyes for dirty in exchange of money and all the problem that we face now is a consequence of this historical process.

Nowadays, the Government has money. Royalties of oil, tourism, and other sources are responsible for that. Rio became famous once more. Its glamour and beauty has made it the host of very important events, but our dirty is still under the carpet. Our Governor, maybe I could say Ruler (a word that carries an old conception in it, very propitious, anyway) Sergio Cabral Filho has developed a policy of pacification of the slums. The police force of the state goes there and occupies the territory for days. Of course, the bandits run away every time, but some conflict cannot be avoided, actually. The bandits go to another territory dominated by another drug traffic faction and a war between them starts in the middle of a community that is in there.

Not far from it, the president of US was praising this policy, and of course, we know why.

This was only a point of view, I’m sure. But the thing I was wondering you to see is that we are humans. Sometimes war tactics are not applicable. Lots of innocents, pour, simple people, are suffering with this process victimized by a policy that has no other purpose than change the problem place and makeup our society. We have to attack poverty with education and opportunities, citizenship on its true form.

I will keep my concerns about this issue hoping you all could think about that too.


(Sorry about the English^^)

17 de jun. de 2011

Autobots, transformar!

Sabe, tecnologia e ets mexem com meu imaginário. Juntar os dois numa só coisa me deixa um pouco com medo. Mas na boa, eu curto o tema.

Quando era criança, assistia ao desenho animado "Transformers", aquele do "A-i-õ-õ" (era esse o barulho que os robôs faziam ao se transformar em carros e tudo mais). Só que quando criança, não me tocava na sofisticação da ideia: seres alienígenas, feitos de pura tecnologia, tiveram seu planeta destruído porque sua sociedade se partiu em duas "facções" que acabaram se enfrentando numa grande guerra; dali, os sobreviventes passam a viajar pelo espaço para tentar obter uma fonte de energia que os mantivesse vivos, afastando assim o perigo de extinção, e acabaram parando na Terra. Cara, isso é muito louco! É uma baita duma metáfora do que foi a Guerra Fria, a Corrida Armamentista e ainda tenta nos incutir que existe a possibilidade de parte de nossa tecnologia serde alguma forma alienígena. Ok, nem tanto ao céu, nem tanto à terra (embora eu não seja tãocapaz de duvidar de certas coisas).

Gosto da ideia de Transformers assim como gosto dos filmes, dos desenhos, enfim. Nos faz pensar e no mínimo é uma ótima fonte de entretenimento. As cenas de ação são um bocado interessantes, o ritmo que os minutos finais deste segundo filme nos impõem é ótimo, bem como um filme de ficção/ação deve ser. Os atores, bem, são para mim como coadjuvantes, e sinceramente, os humanos até acabam levando um destaque meio excessivo, afinal, não contamos nem com os X-men ou os Vingadores, nem com a Liga da Justiça.

No final das contas, estou ansioso para ver o terceiro e de tal forma que gostaria muito de que uma boa produtora fizesse do filme uma baita série.

(O líder dos Autobots, Optimus Prime)


FICHA TÉCNICA

(Transformers: Revenge of the Fallen, 2009)
Diretor: Michael Bay
Elenco: Shia LaBeouf, Megan Fox, Josh Duhamel, Tyrese Gibson, John Turturro, Matthew Marsden, Glenn Morshower, Ramon Rodriguez.
Produção: Mark Vahradian, Steven Spielberg
Roteiro: Roberto Orci, Alex Kurtzman, Ehren Kruger
Fotografia: Ben Seresin
Trilha Sonora: Steve Jablonsky
Duração: 148 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Di Bonaventura Pictures / DreamWorks SKG / Paramount Pictures
Classificação: 10 anos

Sinopse
Sam (Shia LaBeouf) e Mikaela (Megan Fox) voltam a ficar na mira dos Decepticons, que desta vez precisam do rapaz vivo, já que ele detém conhecimentos valiosos sobre as origens dos Transformers e como aconteceu a história dos robôs neste planeta. Em paralelo, os militares americanos e uma força internacional unem-se aos bons Autobots para enfrentar os vilões.

5 de jun. de 2011

Astonishing!

Finalmente, marvelmaníacos! Um filme épico que nos pede claramente desculpas por todos os filmes de X-men já realizados, e sem ofensas Ian Mckllen, com um Magneto de verdade.

Sinceramente, me espantei quando vi a opinião da crítica e estava achando que mais uma vez iria ao cinema pra ficar louco com as maluquices que colocaram no filme. Bem, a primeira turma dos X-men era composta por: Garota Marvel (Jean Grey), Ciclope (Scott Summers), Homem de Gelo (Bob Drake), Fera (Hank McCoy) e Anjo (Warren Worthington III). Quando vejo o trailer e desses aí só vejo o Fera, pensei: Oh, Deus! Pra variar a confusão de personagens foi estupenda, porém, ver Matthew Vaughn, o mesmo diretor de Kick-Ass - Quebrando tudo (Kick-Ass, 2010), me deu novas esperanças.

O filme realmente supera as expectativas. Uma adaptação fantástica sobre o possível começo da amizade entre Charles Xavier (James McAvoy) e Max Eisenhardt (Michael Fassbander). - Espere um minuto, você não deve saber de quem estou falando. Bem, este é o verdadeiro nome do Magneto que ao sair dos campos de concentração nazistas adota pra si o nome do pai, Erick. Voltando - Mais que um filme de ação, X-men: First Class traz um clima de espionagem que agrada muito seus fãs, afinal, a grande questão deles era não aparecer em público, realizando missões sempre às escondidas, como verdadeiros espiões. A ideia agrada tanto que Craig Kyle e Christopher Yost (roteiristas da Marvel) ressuscitaram a X-Force em grande estilo, com esse mesmo quê de espionagem só que mais sanguinolento.

Por fim, destaques especiais para a cena tarantinesca protagonizada por Michael Fassbander e para as aparições de James Howlett (Hugh Jackman) e Raven Darkholme (Rebecca Romijn).

(Magneto vivido por Michael Fassbander)

Ps. Não comprem dois ingressos para se certificarem de que Stan Lee aparece ou não, não lembro dele ter aparecido. Comprem dois ingressos porque o filme é ótimo!


FICHA TÉCNICA

(X-Men: First Class, 2011)
Diretor: Matthew Vaughn
Elenco: James McAvoy, Michael Fassbander, Alice Eve, Kevin Bacon, Nicholas Hoult, Jennifer Lawrence, January Jones, Rose Byrne, Jason Flemyng, Oliver Platt
Produção: Gregory Goodman, Simon Kinberg, Lauren Shuler Donner, Bryan Singer
Roteiro: Jane Goldman, Jamie Moss
Fotografia: John Mathieson
Trilha Sonora: Henry Jackman
Duração: 132 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Donners' Company / Marv Films / Twentieth Century Fox Film Corporation
Classificação: 12 anos

Sinopse
Antes de Charles Xavier (James McAvoy) e Erick Lensherr (Michael Fassbender) se tornarem o Professor X e Magneto, respectivamente, eles eram dois jovens que estavam descobrindo seus poderes como mutantes. Amigos íntimos, trabalham juntos e com outros mutantes na tentativa de deterem uma ameaça global. Neste processo, porém, os jovens mutantes derem início à rivalidade que os acompanhou pelo resto de suas vidas.

3 de jun. de 2011

Face a Face

Quando te deitas e nada mais existe
Só uma força fugaz ainda resiste
Ao tempo que chora em teu leito vadio
Uma respiração cálida, num peito vazio.

Grita áspera tua alma por saber da noite
Frio beijo ao rasgar teu sentimento num açoite
Sangra tua face ao chorar de dor
Escurece-te, amarga-te a mente por falta de amor.

Fantasmas te assombram
Vozes do passado ainda o chamam
Pensamentos te destroem
Teu suor a cama os lençóis corroem

Levanta-te e segue a trilha que traçastes
Cola o coração que despedaçastes
Junta as partes de si mesmo sem saber
Mistura-te com outros a esmo do poder.

O chão que pisas não mais o sustenta
A sombra de teus passos é o carinho que o acalenta
Falta tato. Sentir. Juras de paixão... futuro.
Falta tanto sentimento... mas por você eu juro
Ódio ou amor eterno, o que seja, pois o que você de mim deseja
É uma vida minha, tua, algo que entendes por seguro.

Mas em meu ser só há espaço pra um pesadelo
Carinho ou que mais violento desejo eu compreenda
Cabe apenas olhar e muito desespero
Ruína de destino, da caverna a luz da fenda
Se por um lado calor, veneno e destempero,
Por outro o demônio que em tua face se apresenta.

1 de jun. de 2011

O cartão de junho

Rio de janeiro, 01 de junho de 2011


Rafael tinha tido uma manhã difícil. Ele sabia que acordar seria complicado a partir do momento em que saíra da cama. Arrumar o quarto, por as coisas na mochila, esquentar o almoço. Buscar um irmão na escola, ligar para seus pais, infelizmente separados.

- Mãe?! Tudo certo sim, to quase saindo! Claro, ligo sim. Pode deixar, mãe. Um segundo que meu pai está me ligando. Pode deixar! Eu sei, beijos.

- Oi, pai... Não, estava com minha mãe ao telefone. Claro que não! Contanto que você não esqueça que no final do mês vou ver aquele curso que te falei. Tá bem. Estou saindo pro trabalho, depois nos falamos. Beijo.

O ônibus que ele costuma pegar não parou desta vez. O sol estava tímido, mas suficientemente quente para suas roupas. Apesar de magro, ele adora andar com camisas de manga comprida. Suéter, óculos, camisa, calça jeans, sapatos, e nada do ônibus. Ele tentava se concentrar no que pensar, tentava ouvir músicas, mas precisava pegar sua condução e ter mais um daqueles dias lindos de trabalho exaustivo.

Ao final do dia, o jovem rapaz estava prestes a sair do trabalho. O resultado era o de sempre: pouco dinheiro, muito esforço e cobrança, um dia como outro qualquer. Mas no fundo, ele tinha um motivo chamado amor. Não era tão bom falando, ficava um pouco desnorteado, mas se arriscou a escrever um pequeno cartão.

"Amor, Desculpa! Eu sei que ultimamente eu tenho sido um poço bem fundo de indiferença e ignorância pelo telefone. Não é pessoal, não tem como ser, pois quando estamos juntos o meu humor muda e eu não consigo parar de sorrir. Você tem sido mais que especial em minha vida, sabe disso. E talvez seja por isso que eu anseio tanto pelos nossos finais de semana; porque neles eu posso extravazar tudo o que eu comprimi durante a semana inteira. Para ser sincero,como sempre sou, eu tenho que admitir que tenho muito medo de que você duvide do amor que sinto, que numa dessas ligações você entenda algo errado e pense que sou uma pessoa indeferente, que não liga para sentimentos. Amor, você me conhece, eu não sou a melhor pessoa do mundo, mas eu tento. E você me tem feito acreditar veementemente que sou. O dia, por mais lindo que tenha sido, começou numa correria e eu não dei conta de tudo. Queria ter sido mais carinhoso com você, ter falado coisas bonitas quando você me ligou, mas eu estava com fome, precisava trocar dinheiro, o pagamento veio pouco, a pausa já estava estourada e para completar quando fui abrir o hamburguer o celular caiu no chão.
Quero logo chegar em casa para que eu possa estar com quem tem me dado uma nova perspectiva na vida."


Ele chegou sem flores, apenas um cartão. Tirou os sapatos, pediu uns minutos para tomar banho. Pôs um pijama confortável e de tanto amor, dormiu antes mesmo de se sentir completo para deixar para os sonhos o desejo de ser feliz amanhã. Mais uma vez.


Adaptação

25 de mai. de 2011

Não é feitiçaria, é cinema mesmo

Este é mais um daqueles momentos em que me sinto sinceramente constrangido ao ter de falar mal de Nicholas Cage. O cara fez Cidade dos Anjos, O Senhor das Armas, eu sei, ele tem a mesma cara em praticamente todos, mas foram filmes bons. Já esse aprendiz de feiticeiro aí...

Vamos lá. Não é que seja um filme ruim, mas sabe quando você tem a sensação de ter visto milhares de filmes no mesmo estilo? A historinha é meio batida, os efeitos especiais das magias, pelo amor de São Francisco Califórnia, o que é essa onda de feiticeiro lançar hadou-ken?! Eu realmente não entendo como um filme, que apesar do roteiro, tinha tudo pra ser um excelente filme de ação/ficção... Ok, não tinha não, esquece o que eu disse. Mas pelo menos você ainda vai poder vê-lo na sessão da tarde e se perguntar onde foi parar o filme do Harry Potter (Harry Potter and the Sorcerer's Stone, 2001) ou Abracadabra (Hocus Pocus, 1993) com as maravilhosas Sarah Jessica Parker, Kathy Najimy e Bette Midler. Tá vendo, era pra falar do Aprendiz de Feiticeiro e cá estou eu...

Bem, aproveitando o embalo das atuações. Onde eles encontraram Jay Baruchel? O cara deveria ganhar o maior prêmio voz chata do ano (vou até ver alguma outra coisa dele pra não ficar com essa má impressão)! Mas tudo bem, ele tem vocação pra nerd, e é inegável que a personagem "Dave" caiu como uma luva, mas acho que Jake Cherry deu uma banho nele fazendo sua versão infantil.

Acho que era isso. O que salva é Monica Bellucci com sua beleza feérica, lábios provocantes, idade bem-admitida e seios fartos. Fazem a porcaria do filme e não colocam a mulher na maior parte das cenas pra colocar o banana do Cage... Sinceramente, não sabem ganhar dinheiro.

Ah! E da próxima vez, coloquem ela de Morgana logo!

(Verônica vivida por Monica Bellucci)

FICHA TÉCNICA

(The Sorcerer's Apprentice, 2010)
Diretor: Jon Turteltaub
Elenco: Nicolas Cage, Monica Bellucci, Jay Baruchel, Alfred Molina, Teresa Palmer, Toby Kebbell, Omar Benson Miller, Jake Cherry, Peyton List, Robert Capron.
Produção: Jerry Bruckheimer
Roteiro: Matt Lopez
Fotografia: Bojan Bazelli
Trilha Sonora: Trevor Rabin
Duração: 110 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Buena Vista
Estúdio: Walt Disney Pictures / Jerry Bruckheimer Films
Classificação: 10 anos

Sinopse
Dave (Jay Baruchel) é apenas um estudante comum, ou assim parece, até que Balthazar Blake (Nicolas Cage), um feiticeiro experiente, o recruta como seu relutante protegido e dá a ele um curso rápido nas artes e na ciência da magia. Enquanto Blake se prepara para a batalha contra as forças ocultas em Manhattan dos dias de hoje, Dave logo entende que terá de reunir toda a sua coragem para sobreviver ao treinamento, salvar a cidade e ficar com a garota que ama.

Onde moram? Onde??

Taí um filme relativamente novo que me faz ficar com cara de tacho no final. Imagine você que crianças norte-americanas possuam uma leve tendencia à psicopatia e ponto. Pega um garotinho de layout fofinho, coloca nele um comportamento meio louco e uma família um pouco estranha (meio problemática), vista-o com uma roupa infantil engraçadinha e pronto. Se isso não é selvagem pra você, você tem problemas.

Cara, agora, falando sério, o que me deixou "meio assim" foi a falta de explicações, foi fazer com que você pense a partir das poucas pistas que o filme te dá e eu gosto disso. Sem dúvida é um filme infantil para adultos pensarem. Não quero fazer desta breve crítica uma resenha crítica de um curso de psicologia, mas dá pra passear pelo campo sem qualquer sombra de dúvida.

Os bichos me deixaram um pouco incomodado, como se a turminha do Garibaldi tivesse entornado umas 50 garrafas de Absolute, mas quem ficava de porre era eu. A fotografia, bem... Terrenos baldios. Fui capaz de lembrar da minha infancia quando costumava correr por um terreno enorme de uma fábrica lá, e era cheio de árvores e tal... Bem, resumindo: eu recomendo. Mas assista sem propósito, sem proposta pré-concebida. Depois pense. Quem sabe não tira conclusões melhores que as minhas. E vê se posta alguma coisa por aqui, seria bem-vindo.

(Carl e o pequeno Max)

Fiquei seriamente tentado a ler o livro pra saber se encontro as respostas que queria...


FICHA TÉCNICA

(Where the Wild Things Are, 2009)
Diretor: Spike Jonze
Elenco: Forest Whitaker, Catherine Keener, Paul Dano, James Gandolfini, Catherine O'Hara, Lauren Ambrose, Tom Noonan, Alice Parkinson, Max Records, Michael Berry Jr..
Produção: John B. Carls, Gary Goetzman, Tom Hanks, Vincent Landay, Maurice Sendak
Roteiro: Spike Jonze, Dave Eggers, baseado em livro de Maurice Sendak
Fotografia: Lance Acord
Trilha Sonora: Carter Burwell
Duração: 101 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Fantasia
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Warner Bros. / Playtone Productions / Wild Things Productions
Classificação: 10 anos

Sinopse
Max (Max Records) é um garoto travesso mandado de castigo para seu quarto depois de desobedecer a mãe. Porém, a imaginação do menino está livre e o transporta para um reino desconhecido. Encantado, Max parte para a terra dos Monstros Selvagens, onde Max é o rei.

21 de mai. de 2011

Um Anjo

Quem sou eu
senão vontade, reflexão
Sou eu Metade,
sopro da divinação
Se filho de Eva
venho da costela de Adão
Se feito de carne
sou rasgo da imaginação,
Prefiro ser estrela
habitando a imensidão,
Que sangue frio à madrugada
de uma mordida à paixão.

16 de mai. de 2011

Tramas ilícitas

Na vida... Gosto de caminhar.
Visito meus sonhos mais distintos
burlando as regras da distância.
Tocando cada sentido que você me desperta
Provando cada gota de paz que de você emana.
Porque nada se compara ao teu olhar
Mesmo que contido, o mais lindo labirinto
distribuído em versos, cânticos melancólicos
gritos desérticos e passos alcoólicos.
Porque assim é você pra mim.

Mas a vida é desejar
E quando desejo você em sonhos, dos mais bonitos,
Não penso em mais nada. É a constância
de ter você, de ver a janela e a lua desperta
sendo cúmplice de uma terna mulher, humana
que nada mais faz senão amar.
Mesmo que um amor torto, porque é como sinto.
Um calor ardente no peito
de um dia qualquer desses sem jeito (algum)
De ser meu amor, de ter um fim.

E é só fechar os olhos
para sorrir a música mais encantadora
Com o som do coração em agonia constante;
na garganta a pele que o sangue não contém;
Na verdade as palavras em sintonia torpe
de uma mentira livresca, velha
Como se putrefata de tanto existir e mesmo
Sem saber para onde marcar a saída ou ir,
Passeia numa confusão de hipérboles e marafonas.

Mas em simples e brilhantes pensamentos
diante da mais completa e absoluta razão
o que nos resta de lucidez ao contento
são as noites de perigosa sensação
a perda de mais um daqueles velhos lamentos
a frase, arrojada da boca sem sentido
Os despertos abrigos, sorrisos em lampejos
de uma vasta manhã, meu sorrateiro inimigo sou eu.
Lutando em desatino por um gracejo teu.

Perplexo. Em cuja avaliação
me fogem vidas ou caminhos de que tanto gosto.
Detestando sábias jóias de real intenção
para trocar as glórias da solidão em que aposto
Provando o gosto de tua sangria incontida
Percebo a desatada paixão que tu querias.
Vou viver agora o desabor da dor da completa alegria
por tudo aquilo que sabia e te daria.
Felicidade, algo que jamais terás um dia.

Impacto

"Muitos brasileiros sonham com a possibilidade de viajar para um país de primeiro mundo para tentar uma vida melhor. "

Esta afirmativa definitivamente carrega consigo uma série de reflexões. A primeira delas, sem dúvida, é o fato de que o Brasil, infelizmente ainda está longe de ser a pátria dos sonhos. É bem verdade que o nosso clima é um dos melhores do mundo quando nos referimos ao eixo Rio – São Paulo, afinal, quem possui ar-condicionado não se preocupa com o calor, e no caso de frio, uma boa residência resolve. Claro, a prosperidade da Nova Iorque brasileira supera qualquer outra cidade tupiniquim, assim como as belas praias cariocas, aquelas que dão um toque de superioridade enrustida para o Rio de Janeiro, sem dúvida alguma, bastam. Antes fosse assim.

Fato é que a cada ano, mais pessoas são vítimas de catástrofes de cunho climático quer seja pelo comportamento inusitado que nosso planeta vem apresentando nos últimos anos pela longa exploração incontida de seus recursos, quer pela não infra-estrutura oferecida pelos governos. Nosso Brasil é lindo, mas não podemos esquecer que muitas de nossas cidades foram construídas na contramão da natureza. São bairros-aterros, cidades inteiras construídas em locais em que antes houvera apenas água; estradas atravessando mangues e destruindo tanto flora quanto fauna; rios desviados visando o abastecimento de centros urbanos enquanto ecossistemas colidem uns com os outros na tentativa de sobrevivência. O que custa um trabalho conjunto para acrescer em qualidade real para os futuros moradores das áreas urbanas de nosso país? Geólogos, biólogos, engenheiros, todos deveriam ter espaço público garantido nos governos para não caírem no ridículo de se candidatar à vereança a despeito de resolver problemas antigos que descansam sobre os lençóis empoeirados da corrupção. Mas tudo isso custa, e custa dinheiro. Dinheiro que escoa pelos ralos que a matemática provoca por não ser de fato uma ciência exata, e, que vai desaguar direto nos cofres de quem deveria defender o interesse público, e não os interesses do público.

Sim, definitivamente Michael Foucault tinha razão com o panóptico, Guy Debord também, pois vivemos em uma sociedade do espetáculo. Viver no nordeste, ou melhor, no sertão nordestino em tempos de calor extremo rende manchetes de jornal por dias, o papel ganha peso e valor mais uma vez. O ibope de programas que definem seu trabalho como de ‘denúncia’ continuam exibindo tragédias sem denunciar de fato quem está por detrás da grande sabotagem que cerca o povo sertanejo desde que Lampião ainda era vivo. E por que não falarmos um pouco no sul de nosso país? Apesar de parecer outro país como muitos pretensiosos gostam de afirmar, o sul é somente o sul de um pais de terceiro mundo. O vocábulo pode parecer antiquado, mas em desenvolvimento é quando notamos a existência de programas sociais de resgate cultural, de desenvolvimento e capacitação/qualificação de indivíduos, e não quando ainda notamos que tem gente passando fome, favelas e analfabetos, na verdade ainda existe gente humilde que nem de longe sente o calor do afago do governo, ao contrário, recebe os golpes paulatinamente da cinta de aço do pai-castigo sem o menor aviso. Pergunte para algum deles quem é o culpado por sua fome e trágica ignorância. Pela falta de trabalho digno e pela ausência de honestidade no poder público. A resposta pode vir a ser um “não sei” após um breve período de reflexão.

Você pode estar se perguntando como o assunto pode mudar tanto de direção, afinal de contas, falávamos sobre a verdadeira delícia de se conhecer a cultura ordeira de um país de bases sólidas, cujo governo se cerca de artifícios para defender seu povo, por conseguir de fato definir qual seu papel perante a sociedade. Mas entre tanta turbulência, tornamos claras questões obscuras, intrinsecamente ligadas ao nosso modo de vida atual. Se compararmos nossa moeda a algumas das moedas mais poderosas do mundo como o dólar americano, o euro ou a libra esterlina, perceberemos o quanto nossa economia ainda está aquém de se definir como fator determinante e atrativo para que as cabeças pensantes de nosso país se detenham dentro de nossas fronteiras. Mas a raiz do problema nem esta na moeda, até porque, se os salários fossem um pouco maiores, certamente os engenheiros, médicos, doutores, professores, mestres, estariam aqui, em um solo mais fértil, provando das delicias da nossa terra, das combinações que nosso arroz com feijão permite, e não do fast food barato que se encontra por aí.

É Brasil, por vezes sinto vergonha de você. Não pelo que sou, ou pelo que você nos fez, mas pelo que os seus filhos fazem desde que descobriram como é bom mamar nas tetas de teu seio e descobrir mil amores diferentes, todos os dias, os conduzindo ao berço esplêndido donde reinam eternamente impunes enquanto chafurdam na lama. Vejo a comercialização barata da mão-de-obra de mentirinha que se diz pensante e me sinto envergonhado pelo subproduto desta venda quando converso com ele. Maldita relativização da realidade. O pior de tudo é me sentir culpado e injusto por não compreender o panorama que o pariu, ou aquela senhora que o pariu mesmo.Enquanto isso, prosseguirei escrevendo e quem sabe uma ou outra palavra não te sirva. Em tempos de revolução digital em que blogs não servem para embrulhar peixes, favorite-me, ou quem sabe Alt+F4 não te faz sentir melhor protegido? Terei cumprido meu papel de qualquer forma.

11 de mai. de 2011

Nunca fui muito bom de matemática

Ok. O número quatro é maneiro, o seis também. Uma pena que outros três número tenham morrido. Mas, se você tem nove números, três aparecem mortos e dois vivos, quantos ficam faltando?

Certos roteiros parecem extremamente batidos à minha geração que cresceu com Superman,Star Wars, daí acaba que, realmente, fica meio brabo fugir às histórias em quadrinhos e as animated series. Mas quer saber? Eu gostei do filme. Quer dizer, acho que não farão um dois porque não acho que haverá demanda pra isso. Coitado do Alex Pettyfer que até mandou bem no filme.Os efeitos ficaram simples, mas bacanas. Como a maior parte dos poderes ets deles implicava em aprimoramentos físicos, a ação foi boa, bastante dinâmica. Destaque para Dianna Agron que da uma escapadinha de Glee pra fazer uma pesonagem tão apagadinha quanto a da série, mas embeleza o filme de uma maneira...
(O par romântico do filme, Dianna Agron e Alex Pettyfer)

Eu sou o número quatro merecia mesmo uma série. Com tanta série porcaria por aí essa podia dar certo. Eu seria o número nove. Poderes? Quem sabe telepatia ou controle eletromagnético!


FICHA TÉCNICA

(I Am Number Four, 2011)
Diretor: D.J. Caruso
Elenco: Dianna Agron, Timothy Olyphant, Teresa Palmer, Kevin Durand, Alex Pettyfer, Callan McAuliffe, Jake Abel
Produção: Michael Bay
Roteiro: Alfred Gough, Miles Millar, Marti Noxon
Fotografia: Guillermo Navarro
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ficção Científica
Cor: Colorido
Distribuidora: Disney
Estúdio: DreamWorks SKG / Road Rebel

Sinopse
Nove jovens alienígenas, que se parecem muito com humanos, saem de seu planeta-natal, Lorien, que está ameaçado, para se esconder na Terra. Os Mogadorians são a espécie invasora responsável pela destruição de Lorien e decidem perseguir os sobreviventes até o planeta Terra. Cada um dos nove alienígenas tem um número e só podem ser mortos na sequência certa. Até agora, Um, Dois e Três já foram mortos. Número Quatro (Alex Pettyfer), conhecido entre os humanos como John Smith, disfarça-se de estudante colegial. Na escola, conhece Sarah Hart (Dianna Agron), uma doce garota que quer ser fotógrafa. Após fugir durante toda a sua vida, Número Quarto se apaixona por Sarah e agora tem um motivo para parar de fugir.

Na varanda

Da varanda eu podia ver o portão de casa. No meio do mato, não temos muito o que ver. Então eu fico na varanda esperando alguma coisa passar. Passam animais. Cavalos, vacas, cabras, um ou outro tocador de boiada, alguns cães, núvens. Aviões eu nunca vi passarem por aqui. Estrelas eu vejo quando anoitece. Existem muitas. A televisão da vizinha está fora do ar, então eu posso ficar mais tempo na varanda. A luz da lua é sempre linda por aqui. Não temos muitos postes de luz. Sabe o que vejo diariamente? Borboletas. Das coloridas, das amarelinhas, tamanhos variados. Passarinho então aqui tem de monte. Um canta mais bonito que o outro! De noite, quando chove, no dia seguinte pode contar que com o riacho cheio, os sapos farão aquela festa! A sinfonia é tanta que só depois da madrugada é que consigo pegar no sono. Fico imaginando uma orquestra. E ouço corujas, morcegos, grilos, até gatos namorando eu escuto. Vez ou outra tudo fica quietinho e eu posso ouvir você. Escuto sua voz dentro de mim. Vejo tanta coisa pela varanda que esqueço o quanto gosto de te escutar, e lembro que no meio do mato não tem muito o que se ver. E a televisão da vizinha pega. E tudo volta praquele estado de coisas em que estamos vivendo, onde a única e mais importante revolução possível é a pessoal.

De noite, vou ver as estrelas. Elas nunca se vão...