16 de mai. de 2011

Tramas ilícitas

Na vida... Gosto de caminhar.
Visito meus sonhos mais distintos
burlando as regras da distância.
Tocando cada sentido que você me desperta
Provando cada gota de paz que de você emana.
Porque nada se compara ao teu olhar
Mesmo que contido, o mais lindo labirinto
distribuído em versos, cânticos melancólicos
gritos desérticos e passos alcoólicos.
Porque assim é você pra mim.

Mas a vida é desejar
E quando desejo você em sonhos, dos mais bonitos,
Não penso em mais nada. É a constância
de ter você, de ver a janela e a lua desperta
sendo cúmplice de uma terna mulher, humana
que nada mais faz senão amar.
Mesmo que um amor torto, porque é como sinto.
Um calor ardente no peito
de um dia qualquer desses sem jeito (algum)
De ser meu amor, de ter um fim.

E é só fechar os olhos
para sorrir a música mais encantadora
Com o som do coração em agonia constante;
na garganta a pele que o sangue não contém;
Na verdade as palavras em sintonia torpe
de uma mentira livresca, velha
Como se putrefata de tanto existir e mesmo
Sem saber para onde marcar a saída ou ir,
Passeia numa confusão de hipérboles e marafonas.

Mas em simples e brilhantes pensamentos
diante da mais completa e absoluta razão
o que nos resta de lucidez ao contento
são as noites de perigosa sensação
a perda de mais um daqueles velhos lamentos
a frase, arrojada da boca sem sentido
Os despertos abrigos, sorrisos em lampejos
de uma vasta manhã, meu sorrateiro inimigo sou eu.
Lutando em desatino por um gracejo teu.

Perplexo. Em cuja avaliação
me fogem vidas ou caminhos de que tanto gosto.
Detestando sábias jóias de real intenção
para trocar as glórias da solidão em que aposto
Provando o gosto de tua sangria incontida
Percebo a desatada paixão que tu querias.
Vou viver agora o desabor da dor da completa alegria
por tudo aquilo que sabia e te daria.
Felicidade, algo que jamais terás um dia.

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