25 de ago. de 2011

Aprovado

Uma Prova De Amor, definitivamente, foi um dos filmes mais comoventes que vi este ano e realmente não esperava tanto de um filme cujo tema vem sendo pano de fundo de diversos, e eu repito, diversos dramas no mundo do cinema. É claro que falar sobre câncer ainda é meio tabu, especialmente porque nossa medicina ainda não atingiu o ponto chave nas pesquisas sobre uma possível cura. Talvez alguma outra já tenha se aproximado bastante disso, mas enfim, não é o tema do texto.

Gosto do filme porque além de bonito tem uma linguagem bastante peculiar, psicológica eu diria. Não é mais uma daqueles filminhos lineares de sessão da tarde, embora ainda possa ser visto lá. A história em si, as personagens, tudo me agrada bastante. As cenas são verdadeiras e pra quem já teve algum histórico com a doença, prepare-se, rola um certo tipo de catarse.

O filme não trata apenas do câncer, fala sobre família, valores e descobertas. Fala sobre o quanto ainda estamos engatinhando para o mundo quando esquecemos que nada depende única e exclusivamente de nós, que existe ainda muita coisa fora de nosso alcance e controle, e que isso nos faz crescer.

Destaque para a atuação de Cameron Diaz e Sofia Vassilieva que demonstraram muita entrega às personagens e nos fazem sentir como um outro alguém em seus conflitos de "mãe e filho".

(Guardem bem esta imagem, assistam e entendam o meu destaque.)


FICHA TÉCNICA

(My Sister’s Keeper, 2009)
Diretor: Nick Cassavetes
Elenco: Cameron Diaz, Alec Baldwin, Abigail Breslin, Walter Raney, Sofia Vassilieva, Heather Wahlquist, Jason Patric, Evan Ellingson.
Produção: Stephen Furst, Scott Goldman, Mark Johnson, Chuck Pacheco, Mendel Tropper
Roteiro: Nick Cassavetes, Jeremy Leven
Fotografia: Caleb Deschanel
Trilha Sonora: Aaron Zigman
Duração: 109 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: PlayArte
Estúdio: Curmudgeon Films/ Gran Via Productions/ Mark Johnson Productions
Classificação: 12 anos

Sinopse
A pequena Anna (Abigail Breslin) não é doente, mas bem que poderia estar. Por 13 anos, ela foi submetida a inúmeras consultas médicas, cirurgias e transfusões para que sua irmã mais velha, Kate (Sofia Vassilieva), pudesse, de alguma forma, lutar contra a leucemia que a atingiu ainda na infância. Anna foi concebida para que sua medula óssea prorrogasse os anos de vida de Kate, papel que ela nunca contestou. Até agora. Tal qual a maioria dos adolescentes, ela começa a questionar quem realmente é. Mas, ao contrário da maioria dos adolescentes, ela sempre teve sua vida definida de acordo com as necessidades da irmã. Então, Anna toma uma decisão que seria impensável para a maioria, uma atitude que abalará sua família e, talvez, tenha terríveis consequências para a irmã que ela tanto ama.

16 de ago. de 2011

Efemeridade

Ela nunca imaginou que acabaria assim.

Deu seus primeiros passos e já traçava com isso seu destino. Preocupou-se em fazer a diferença em cada atitude, sem esquecer-se de passar despercebida. Cuidou de sua dieta comendo apenas o necessário e quando o momento de necessidade chegou deu tudo de si. Rompeu barreiras, superou dificuldades e ultrapassou obstáculos. Amadureceu. Buscou por momentos de pura leveza. Vestiu-se com cores que nem mesmo a vaidade daria conta de descrever. Viveu intensamente cada segundo ao deixar seu legado por onde quer que passasse.

Ao final daquele dia já estaria cansada. Tão cansada a ponto de não querer mais conhecer o mundo. Andar por aí seria agora um sacrifício. Não havia motivação, verdade que a fizesse continuar. Sua vida frágil, seu fôlego triste, o seu próprio perdão. Nenhum arrependimento, apenas a morte nos rincões da vida, no mais profundo abismo da alma.

Borboletas se vão todos os dias como folhas atiradas ao vento. Com seu ballet inexplicável valseiam lições sobre o tempo que o egoísmo humano não nos deixa compreender. A tristeza e a dor na mudança, o apego ao momento de reclusão para se erguer com força...

Ouvi muitas vezes que somos como folhas atiradas ao vento. Prefiro ver a vida humana como pequenas borboletas no cosmo da imensidão.

11 de ago. de 2011

Naufrágio

Navios e barcos que não posso alcançar
riscam as telas dos oceanos,
lançam nas águas sua sorte, seus planos
Abandonam passado e destino no mar.

Ilustram com cores imóveis no cenário deserto
onde tudo o que poderia ser tão perto
permanece distante e comum.
Num dia é verde, noutros certamente é azul.

E quando cai a noite nessa imensidão de sonhos e enganos
espero pelo sol de outro dia, e mais outro, e mais um.
No entanto, passei por entre a morte

e vi em vida tanta água bater em seres humanos
Que talvez sem sorte
Não lembro ter visto romper com isso rochedo ou coração algum.

5 de ago. de 2011

Silêncio

A arte de calar
é escrever as frases que nunca serão ditas
em linhas de pensamento
nas páginas do esquecimento.

2 de ago. de 2011

Avante, Vingadores!

Para quem esperava que este seria o filme do ano, pelo amor de Deus! Acho que andaram fazendo confusão por aí, hein.

Capitão América é somente o cara que grita: Avante Vingadores! Nada mais que um supersoldado bundão, símbolo do imperialismo norte-americano. Aquela desculpa para esfregarem a bandeira deles na nossa cara num uniforme meio ridículo. Exageros à parte, dos filmes da Marvel, Capitão está no patamar de Thor pra mim porém por motivos diferentes. Achei Thor esculhambado pelos erros, pelo excesso de humor, por ridicularizarem Loki, essas coisas. Em Capitão não. A personagem é carismática, se aproxima dos humanos, não possuir tantos poderes assim, possui carater e honra, mas não vai além disso! Pegue um filme de guerra comum e verá nele um Capitão América.

Não tenho do que reclamar dos efeitos, aliás, uns até forçaram a barra, mas eu gostei! Depois de todas as adaptações à personagem, ficou muito fiel à proposta da Marvel. O ruim foi ver no Tocha Humana o Steve Rogers.

Stan Lee marca presença no filme com sua célebre fala, arrancando risos da platéia, e é claro, ele! Hugo Weaving fazendo a diferença no elenco ao interpretar fielmente o Caveira Vermelha como não imagino qualquer outro fazendo.

Pessoal, considero Capitão América o aperitivo para os Vingadores lembrando que o filme é bom, apesar de um lugar comum. Destaco a cena em que ele, ao rádio, se despede da agente do exército americano vivida por Hayley Atwell e seu adorável sotaque britânico.

(O Caveira Vermelha por Hugo Weaving)


FICHA TÉCNICA

(Captain America: The First Avenger , 2011)
Diretor: Joe Johnston
Elenco: Chris Evans, Samuel L. Jackson, Hugo Weaving, Sebastian Stan, Hayley Atwell, Toby Jones, Tommy Lee Jones, Dominic Cooper, Neal McDonough.
Produção: Kevin Feige
Roteiro: Joe Simon, Stephen McFeely, Christopher Markus, Jack Kirby
Fotografia: Shelly Johnson
Duração: 124 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Marvel Enterprises/ Marvel Entertainment/ Marvel Studios
Classificação: 12 anos

Sinopse
Steve Rogers (Chris Evans) tem saúde frágil, vem de família pobre e sonha em fazer parte do exército americano. Esse sonho se inviabiliza por conta dos problemas de saúde, mas chama a atenção de um general que vê a dedicação do garoto. Por isso, o general o convida para participar do teste do soro radioativo chamado Supersoldado. Rogers, então, fica saudável e começa o treinamento intensivo para lutar contra o mal na liderança do grupo Os Vingadores.

Oh, Harry!

Ok! Não li os livros, admito que não os lerei e não por os considerar ruins, mas por não me interessar tanto ou não considerar que eu dedicaria tanto tempo para ler uma história que já conheço tendo tantos outros livros para ler. Tudo isso para dizer que o pouco que conheço do mundo mágico do quatro-olhos mais querido do mundo me fez gostar, e não apenas gostar, mas curtir bastante o filme, ou melhor, todos eles!

A evolução de Harry Potter no cinema se deu, talvez, de maneira ainda mais gritante que sua evolução nas páginas dos livros. Imagem e movimento garantem a magia, mas não apenas isso, o som, ou melhor, toda a trilha sonora da grande saga nos mostra o quanto "o roteiro do filme cresceu" ao longo dos anos. Prestei muito atenção à trilha deste filme, em especial, e fiquei satisfeito ao revisitar músicas do primeiro lançamento.

Não vou me prender tanto aos detalhes, seriam muitos e como disse, não sou um dos fãs mais dedicados, eu apenas vi os filmes. Avalio este último como sendo ótimo e sinceramente, senti pena dele ter acabado em apenas duas horas. Merecia mais tempo, mesmo ele sendo a "parte 2". Com isso, acho apenas que a velocidade dos acontecimentos prejudica o filme. Cenas que deveriam ficar para a história como a de Snape (Alan Rickman) morrendo, ou melhor, chorando, valorizadas em longos minutos, em particular, passam muito depressa. Uma pena.

Meu destaque não poderia ir para outra que não Helena Bonham Carter como polissuco de Hermione. Um exemplo de como se fazer laboratório, construir personagem e tirar 10 em arte dramática.

Tanto já foi dito, e por gente tão mais conhecedora que eu, que não sei mais o que dizer a não ser que recomendo o filme. Vale à pena!


(Helena Bonham Carter como Belatriz)

FICHA TÉCNICA

(Harry Potter and The Deathly Hallow: Part II, 2011)
Diretor: David Yates
Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Helena Bonham Carter, Ralph Fiennes, Alan Rickman, Bonnie Wright, Tom Felton, Maggie Smith, Jim Broadbent.
Produção: David Barron, David Heyman
Roteiro: Steve Kloves
Fotografia: Eduardo Serra
Ano: 2011
País: EUA/ Reino Unido
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Warner Bros./ Heyday Films

Sinopse
No capítulo final da saga, Harry Potter (Daniel Radcliffe), Hermione (Emma Watson) e Ron (Rupert Grint) terão de fazer um último sacrifício para reunir os demais horcruxes, antes que Voldemort, em posse da Varinha das Varinhas, ataque Hogwarts.

Punch Sucks

Cara... Efeitos especiais bacanas, mulheres bonitas, uma boa ideia mau aproveitada foi o que achei de Sucker Punch.

Sinceramente nem pensei que deveria falar muito deste filme porque não tem o que dizer. Em alguns momentos pensei se tratar de mais um episódio da série Aeon Flux (e estou falando do desenho mesmo). No meio de um roteirinho fraco, a ideia de que a loucura e a realidade se esbarram por linhas tênues é até muito contemporâneo, cult, sei lá. Mas a forma como isso é colocado acaba ficando meio estúpido.

Mas, como disse, queria ver um baita filme da Marvel ou da DC com alguns desses efeitos. Não destaco nada de especial além do charme de Carla Gugino. Foi apenas mais um filme que passou e eu vi. Sorry...

(A lindíssima Carla Gugino como Madam Gorski)


FICHA TÉCNICA

(Sucker Punch, 2011)
Diretor: Zack Snyder
Elenco: Jena Malone, Jamie Chung, Abbie Cornish, Emily Browning, Carla Gugino, Vanessa Hudgens
Produção: Deborah Snyder, Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder, Steve Shibuya
Fotografia: Larry Fong
Trilha Sonora: Tyler Bates, Marius De Vries
Duração: 110 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Legendary Pictures / Warner Bros.
Classificação: 10 anos

Sinopse
Esta fantasia épica de ação traz a garota Baby Doll (Emily Browning), que é internada em uma instituição mental por seu perverso padrasto, na qual passará por uma lobotomia em cinco dias. Enquanto o dia não chega, a garota cria um mundo alternativo, onde precisa roubar cinco objetos para fugir de um homem que pretende estuprá-la.