31 de jul. de 2012

Liberdade e fim

As areias do tempo nada mais são
que farelos de nossa memória.
Histórias vividas e esquecidas por nós.
Enquanto seus cristais desvelam a verdade
vislumbramos a luz que virá.
Ao esquecimento chamamos passado
assim o homem perde a imortalidade
A virtude, a inventividade
Castra seus sonhos e envelhece.
Reinventa o nascimento para abortar a solidão,
perde-se ao longo do infinito ao chamá-lo vazio
por desconhecer a escuridão.
Então, se por um instante o relógio para,
se num só segundo a voz se cala
Não fragmentamos mais
Nem nos impedimos viajar
Somos Deuses outra vez
parindo sensações
eternas conspirações de uma vida dura.
O relógio bate outra vez...
O tempo caminha,
a verdade transforma,
Distorcemos a fé.
As areias nos escapam por entre os dedos...
Perdido novamente,
Deus se apega ao que puder
Encontramos saída finalmente.
É que dentro da mente
o homem pode ser o que quiser.