23 de jul. de 2010

Up te deixa Up

Seguindo minha saga pelos filmes "atrasados", me deparei com Up. Se tivesse de dar um adjetivo pra este filme, sinceramente, diria que é o filme de animação mais fofo que já vi.

Sabemos que animações são sempre muito apelativas aos sentidos, porque como não se tratam de atores em cena, cada gesto, cada olhar e testura é pensado com muito cuidado para que o objetivo do filme seja atingido e que o espectador sinta o máximo de verdade naquilo que está vendo, e Up sabe muito bem como fazer você se sentir dentro do contexto.

Como sempre, não vou me prender à história do filme em si, no entanto cabe ressaltar que sua mensagem é de uma sensibilidade muito grande. O longa que abriu o Festival de Cannes 2009 mereceu mesmo levar o Oscar de Melhor Animação e Trilha Sonora (Michael Giacchino), que definitivamente dá um charme todo especial ao filme.

Assista Up. Eu recomendo.

(Ellie e Carl)


FICHA TÉCNICA

(Up, 2008)
Diretor: Pete Docter
Elenco: Vozes na versão original de: Edward Asner, Christopher Plummer, John Ratzenberger, Jordan Nagai. Voz na versão original de Chico Anysio.
Produção: Jonas Rivera
Roteiro: Bob Peterson
Fotografia: - animação -
Trilha Sonora: Michael Giacchino
Duração: 96 min.
Ano: 2008
País: EUA
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Pixar Animation Studios / Walt Disney Pictures
Classificação: Livre

Sinopse
Carl Fredricksen (Chico Anysio, na versão brasileira) passou toda a sua vida sonhando em explorar o planeta e viver plenamente a vida. Porém, aos 78 anos, a oportunidade parece ter passado por ele até que uma reviravolta do destino e um persistente explorador da natureza de oito anos, chamado Russell, dão-lhe uma segunda chance na vida.

12 de jul. de 2010

Quero ser herói!

Se você curte filme de ação, quadrinhos, e é meio nerd a ponto de ter desejado em algum dia de sua vida ser um super-herói, vai se amarrar em Kick-Ass.

Surpreendentemente um bom filme de ação com doses de comédia e cenas de violência à la Tarantino, o filme me pareceu uma das melhores adaptações de quadrinhos para as telonas, uma adaptação que deixa todo bom fã de X-men como inveja pura das cagadas que foram feitas com a equipe de mutantes.

Além da loucura que foi ter Nicholas Cage em um filme de ação bacana, a atuação de Aaron é boa. O camarada já não é nenhum iniciante, entretanto, ouso dizer que não foi a melhor coisa do filme. É como se o Kick-Ass ficasse propositalmente em segundo plano, e não é pra menos, quando Hit Girl entra em cena, quem, em sã consciência ficaria lembrando de Kick-Ass?!

Um filme sem grandes efeitos especiais, ou melhor, efeitos que não chamam tanto a atenção, praticamente limitados às cenas empolgantes de combate da dupla Big Daddy e Hit Girl, Kick-Ass traz mais do que apenas pancadaria e morte. A sensação é de leitura de uma boa publicação, com uma narrativa fluida, cronológica, interessante e jovial. Um filme adult-teen pra ninguém botar defeito.

(Hit Girl à paisana)

FICHA TÉCNICA

(Kick-Ass, 2010)
Diretor: Matthew Vaughn
Elenco: Aaron Johnson, Nicolas Cage, Clark Duke, Lyndsy Fonseca, Christopher Mintz-Plasse, Chloe Moretz
Produção: Adam Bohling, Tarquin Pack, Brad Pitt, David Reid, Kris Thykier
Roteiro: Jane Goldman, Matthew Vaughn
Fotografia: Ben Davis
Trilha Sonora: Ilan Eshkeri
Duração: 118 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Universal Pictures Brasil
Estúdio: Marv Films / Plan B Entertainment
Classificação: 18 anos

Sinopse
Dave (Aaron Johnson) é um jovem do estilo loser que decide se reinventar, costurar uma fantasia e se tornar um super-herói no mundo real. Kick-Ass, codinome usado pelo inocente garoto, parece fadado ao fracasso por não ter o tipo físico dos heróis e nem as habilidades especiais até perseguir bandidos com suas armas de verdade. No entanto, ele não é o único super-herói por a: a destemida e altamente treinada dupla de pai e filha, Big Daddy (Nicolas Cage) e Hit Girl (Chloe Moretz). Aos poucos, a dupla abala o império de crimes do mafioso local Frank D’Amico (Mark Strong), que vai levar Kick-Ass a provar se está realmente pronto para ser um super-herói.

2 de jul. de 2010

Nas graças do cinema Brasil

Dias atrás a rede Globo exibiu um filme. Como estava com sono fui me deitar para esperar o sono chegar, no entanto, Verônica me proporcionou uma surpresa bastante interessante. Quem é que nunca, preconceituosamente, duvidou de um filme brasileiro? Sabemos que mesmo após "a retomada", ainda sofremos com a falta de verba para as produções, ficamos um pouco distantes da cultura dinamisada difundida pelo cinema norte-americano no que diz respeito à linguagem imagética, e os recursos tecnológicos de que dispomos, de longe, por serem tão caros, nos são raros. Isto tudo, porém, não significou nada nas mãos do diretor Maurício Farias.

Ação. Suspense. Drama. Estes foram os elementos que pude captar de um filme como Verônica. A atuação de Andréa Beltrão, por exemplo, é impecável, e isto não é nenhuma surpresa, aliás, todo o elenco me pareceu perfeito.

Aparentemente uma produção simples, o filme nos mostra uma realidade tão comum no Rio de Janeiro, que fica difícil não pensarmos que poderia se tratar de uma obra baseada em fatos, mesmo que em menor proporção, é claro.
Corrupção, esperança, fé, coragem. Verônica é um filme que merece ser visto, uma mensagem que precisa ser interpretada, uma obra de arte que nos faz pensar no quanto o cinema brasileiro caminha rumo a um futuro bom, promissor mesmo, e não estou falando dos cavalos que são os prediletos pelos apostadores, estou falando do azarão, aquele que em um dia, ganha por um nariz. Assista Verônica, eu recomendo.

(Verônica e Leandro.)


FICHA TÉCNICA

(Verônica, 2008)
Diretor: Maurício Farias
Elenco: Andréa Beltrão, Matheus de Sá, Marco Ricca, Giulio Lopes, Andréa Dantas, Patrícia Selonk, Flávio Migliaccio, Camila Amado, Aílton Graça, Jorge Lucas.
Produção: Silvia Fraiha
Roteiro: Maurício Farias, Bernardo Guilherme
Fotografia: José Guerra
Trilha Sonora: Toninho Muricy
Duração: 87 min.
Ano: 2008
País: Brasil
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Classificação: 12 anos


Sinopse
Verônica (Andréa Beltrão) é professora da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro há 20 anos. Um dia, na escola onde trabalha, percebe que ninguém veio buscar Leandro (Matheus de Sá), um aluno de oito anos. Já é tarde da noite quando a professora decide levá-lo em casa. Ao chegar no alto do morro, descobre que traficantes mataram os pais de Leandro e querem matá-lo também. Sem querer, ela se envolve numa trama de crime e corrupção.