6 de jan. de 2017

Música

Esse pulsar, esse gemido
É como um feixe de luz aturdido
Pela maciez da pele mais tenra,
Pela tranquilidade amena dos beijos teus.

É o texto escrito na veia
Sem palavras capazes de o despertar,
Nem viagens, nenhum outro amor
Ao castigo óbvio que não desejo sofrer.

O corpo dança de letra vazia
Porque movimento nenhum me espanta
Quando a música toca tardia

Na madrugada, no banho, não adianta
Me toma por dentro e rasga, recria
O que antes não havia e hoje me encanta.