12 de out. de 2011

"César is home"

A saga "Planeta dos macacos", se é que posso chamar assim, mexe muito com meu imaginário, e definitivamente a proposta de Rupert Wyatt me fez pensar na possibilidade de isso um dia acontecer de verdade.

Há muito tempo que me pergunto sobre onde foi parar a antiga fórmula de filme simples, mais fotografia simples, menos recursos de efeitos visuais espetaculares - a não ser a humanização dos macacos, neste caso - igual à público satisfeito e preso ao filme do início ao fim. Esta foi a fórmula usada em Planeta dos macacos: A origem.

Muito do que nos aterroriza está diretamente relacionado ao fato de algo sair do controle do homem. Um vírus manipulado com o objetivo de ser a arma biológica perfeita que instaura caos no mundo e inicia o apocalipse zumbi, máquinas ganhando consciência e acabando com a espécie humana, extra-terrestres que decidem nos enfrentar porque sua tecnologia de longe é superior a nossa, tudo isso fomenta no homem um pavor tão inconsciente que há anos filmes que retratam estes cenários fazem sucesso invejável.

Dessa vez, a teoria de que a inteligência dos símios poderia ser estimulada e desenvolvida artificialmente sugere que, num dia desses, quando em maior quantidade, eles poderiam se rebelar contra a espécie que se entende dominante e tomar para si o planeta inteiro. Sinceramente? Acho pouco provável, mas muito viável. Inteligentes e fisicamente mais capazes que nós, os macacos não tardariam a nos escravizar e exterminar caso quisessem. Cara, que filme sinistro! rsrs

Destaque para muitas cenas em que César retrata suas paixões humanas, mas em especial a que ele diz sua primeira palavra. Os recursos utilizados para humanizarem nosso chimpanzé problemático nos fazem entrar em seu mundo e justificar sua maneira distorcida de ver as coisas sem dificuldades.

A origem do Planeta dos macacos é com certeza um excelente filme de ficção... Cadê a continuação? Eu quero!

César, o marco zero.

FICHA TÉCNICA
(Rise of the Planet of the Apes, 2011)

Diretor: Rupert Wyatt
Elenco: James Franco, Tom Felton, Freida Pinto, Andy Serkis, Brian Cox, John Lithgow, Tyler Labine, David Hewlett, Sonja Bennett , Jamie Harris, Leah Gibson,David Oyelowo.
Produção: Peter Chernin, Dylan Clark, Rick Jaffa, Amanda Silver
Roteiro: Rick Jaffa, Amanda Silver
Fotografia: Andrew Lesnie
Trilha Sonora: Patrick Doyle
Duração: 106 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ficção Científica
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Twentieth Century-Fox Film Corporation / Chernin Entertainment
Classificação: 12 anos

Sinopse
No mundo contemporâneo, o jovem cientista Will Rodman (James Franco) está a frente de um grupo de pesquisadores que desenvolvem experimentos genéticos em macacos. Uma de suas experiências é o símio César (Andy Serkis) que com sua super inteligência vai liderar uma rebelião contra os humanos. 

Conan não é bárbaro

Gastei tanto do meu tempo e da minha capacidade de criticar um filme no meu Facebook falando sobre Conan, que agora que tenho de expor tudo aqui fico até meio que tonto.

Para falar desse filme, começo com uma dica: espere para ver Conan na "Tela Quente", ou no TNT, qualquer coisa, mas não gaste seu dinheiro de forma direta com este filme. 3D então, nem pensar!

É simples assim, Conan é um filme bacaninha de roteiro ruim com "R" maiúsculo. Tá, não é um filme bom, bom... É bom apenas. A edição ficou muito precária a ponto de antes de terminar a cena e a música da cena, pularem para outra. A trilha sonora deixou muito a desejar também. Basta esbarrar por acaso com as trilhas dos filmes antigos e pronto, você concordará. Fato é que haviam criado muita expectativa sobre o filme que pretendeu apenas ser uma releitura da personagem e sua história, sem referências ao que já havia sido feito. Entretanto, uma legião de fãs de quadrinhos de Conan esperava mais. Ver Jason Momoa no papel inspirou-nos a esperar pelo melhor, afinal he feats! Só que não foi bem por aí.

Marcus Nispel não é o maior nome do cinema quando o assunto é ação, mas o cara sabe o que faz. Apesar de todas as barreiras encontradas por sua produção para executar Conan como ele esperava, o filme saiu, e o que importa não é o background da produção, é o que nós pagamos para assistir. As cenas de batalha, por exemplo, não são de todo ruins, mas depois que o cinema descobriu o parkour ninguém mais é lutador se não souber uns movimentos. Para se ter uma ideia, em determinados momentos, no meio das piruetas a espada de nosso Bárbaro favorito apenas toca no corpo do adversário e um balde de sangue é arremessado para o lado. Tarantino faz sangue jorrar em melhor estilo. Você pode pensar que estou exagerando que sou mais um daqueles cineastas frustrados, mas não é verdade. Não sou cineasta, jamais o seria, apenas gosto de filmes bons. E acho que todos merecemos filmes bons, só isso.

Poderia falar um pouco mais sobre o filme, mas quando tento lembrar sobre Conan minha memória me faz lembrar de Príncipe da Pérsia, um filme de boa fotografia, linear, mas que nunca será lembrado por ser muito bom especialmente com um final daqueles... Agora deu pra perceber que é uma outra grande galhofada?

Conan por Jason Momoa

FICHA TÉCNICA
(Conan The Barbarian, 2011)

Diretor: Marcus Nispel
Elenco: Rachel Nichols, Rose McGowan, Stephen Lang, Ron Perlman, Jason Momoa, Leo Howard, Bob Sapp.
Produção: Boaz Davidson, Joe Gatta, Avi Lerner, Fredrik Malmberg, Les Weldon
Roteiro: Thomas Dean Donnelly, Sean Hood, Joshua Oppenheimer, baseado na história de Robert E. Howard
Fotografia: Thomas Kloss
Duração: 115 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Califórnia Filmes
Estúdio: Lionsgate Films / Millennium Films / Nu Image Films
Classificação: 16 anos

Sinopse
A refilmagem do longa-metragem de John Milius de 1982 recria a história de Conan (James Momoa), que vive no continente Hyboria e sai em missão que irá vingar a morte de seu pai (Ron Perlman) e o massacre da aldeia onde vivia. Na jornada, torna-se o grande defensor para a sobreviência da nação.

Lanterna... dos afogados

Certo, certo, não estou falando da música dos Paralamas. Mas se você é um daqueles maníacos que leu quadrinhos a vida inteira e esperou por este momento único por toda uma vida e descobriu que não valeu tanto a pena, vai entender o trocadilho.

Lanterna Verde pode não ser o filme do ano. Roteirozinho batido, filme fraco, atuação mediana do protagonista, mas quem estava esperando algo diferente disso, por Oa! Não tinha como esperar que o filme fosse merecer qualquer Oscar, vai. Só que não podemos nos furtar de dizer que os efeitos especiais surpreenderam, e surpreenderam muito. Imaginei, sinceramente, que os efeitos ficariam muito abaixo do que vi, afinal, interpretar um poder que de alguma forma altera a realidade de acordo com a vontade de quem o utiliza é de fato uma tarefa difícil, e depois, sabemos que Hal Jordan pode ser um dos melhores, mas nunca foi conhecido como o mais criativo dos Lanterna, mas as manipulações do anel ficaram boas.

Gosto de como retrataram Sinestro. Simplesmente perfeito. Já Parallax... Sem comentários. Sabe quando o dinheiro da produção acaba e tudo o que você pode fazer é criar uma massa disforme, sem muitos detalhes, que é assustadoramente grande e vai acabar devorando tudo o que existe, pra não ficar tão mal na fita? Foi o que fizeram e me deu um pouquinho de pena, porque a proposta não foi reescrever a história, e sim leva-la ao cinema. Mas nada é perfeito, nem essa trilha sonora...

No final das contas, as melhores cenas acabam valendo o filme para os fãs. Destaco a fuga de Abin Sur e, é claro, Sinestro revelando-se o líder da Tropa Amarela tentando nos motivar para ir ao cinema ver o "2". Por você, Sinestro... Por você vou pensar no caso.

Sinestro por Mark Strong



FICHA TÉCNICA
(Green Lantern, 2011)

Diretor: Martin Campbell
Elenco: Ryan Reynolds, Blake Lively, Peter Sarsgaard, Mark Strong, Temuera Morrison, Jenna Craig, Tim Robbins, Angela Bassett, Jon Tenney, Taika Cohen, Jeff Wolfe.
Produção: Greg Berlanti, Donald De Line
Roteiro: Greg Berlanti, Michael Green, Marc Guggenheim, Michael Goldenberg
Fotografia: Dion Beebe
Trilha Sonora: James Newton Howard
Duração: 114 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Warner Bros. / DC Entertainment
Classificação: 10 anos

Sinopse
Em um universo tão vasto quanto misterioso, uma pequena mas poderosa força existe há séculos. Protetora da paz e da justiça, ela é conhecida como a Tropa dos Lanternas Verdes. Uma irmandade de guerreiros designada a manter a ordem intergaláctica, na qual cada Lanterna Verde possui um anel que lhe garante superpoderes. Porém, um novo inimigo chamado Parallax ameaça destruir o equilíbrio das forças do Universo e o destino dos guerreiros e do planeta Terra estará nas mãos do seu mais novo recruta, o primeiro humano a ser selecionado para a Tropa: Hal Jordan (Ryan Reynolds), um piloto de testes talentoso e audacioso.