22 de jun. de 2011

Palavras mofam...

Com o tempo, tudo há de se decompor.

Nunca mais olhei para as fotografias da mesma forma. Em cada imagem um amarelado, um avermelhado diferente. Casas que não se constroem mais. Quintais que jamais terão árvores para se subirem novamente. Nenhum parquinho de areia será o mesmo mais uma vez. Roupas que não nos cabem, penteados inaceitáveis, costumes falidos. E conosco, as palavras escritas no tempo mofaram. Desamores, rompantes de paixão, felicidade incontida, nada mais faz sentido. A efemeridade das coisas novas nos roubou o valor das coisas velhas e o que nos constituiu a verdade, não mais o fará. Perderá rapidamente a cor, cairá no infinito vão entre o homem e a realidade.

Com o sonho, tudo há de se recompor.

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