6 de abr. de 2010

Quem é ele?

Axl Rose não só não morreu como está devolta atacando às pressas de vocalista do Guns ‘n Roses… Um segundo, eu disse às pressas? Bem… Quase uma década depois de seu último show no Brasil em 2001 (Rock in Rio III), a banda Guns n’ Roses retoma seu lugar aos palcos. Formação original? Sim! Completamente original, afinal Axl foi o único que sobrou da primeira formação da banda, brigou com quase todos os antigos integrantes e ainda colocou no lugar deles um bando de músicos desconhecidos, eu chamo isso de ser original. Figurino à la Guns, é claro. Palco impecável, telões, luzes e explosões de fumaça, papel picado, tudo isso para nos provar que nosso polêmico vocalista já não é aquela Coca-Cola toda.

Este “Chinese democracy” estava fadado a dar errado, e olha que São Pedro tentou impedir quando pela primeira vez desmoronou com toda a estrutura do palco naquela chuvinha torrencial que caiu por aqui. O sarcasmo do nome do álbum parece se estender para suas novas músicas como uma grande piada de mau gosto, o que nos faz lembrar de o quanto “November Rain”, “Don’t Cry”, “Sweet Child O’Mine”, entre outras, continuam fantásticas perto do que o novo Guns está produzindo. O fato é que o Brasil parece ser palco ilustre para essas retomadas de carreira de bandas esquartejadas pelo tempo e mau humor de seus integrantes.

Resta dizer que depois de mais de 2 horas de atraso para o início do show, Axl e cia fizeram como puderam. Agradaram a todos com os velhos sucessos da banda, não despertaram tanto interesse com as novas músicas, executaram solos pouco entusiasmados, fizeram o pobre Axl gritar mais do que deveria, enfim… No saldo geral eu daria nota 5,0 entre 0,0 e 10,0, só pra ser político. Ah! Mas teve coisa boa, e ficou para o final quando depois de “Patience”, “Paradise city”, e uma série de efeitos mirabolantes a banda volta ao palco e o guitarrista Ron Bumblefoot executou com maestria o Hino Nacional Brasileiro, mostrando a todos que Axl, assim como sua platéia, é afinal brasileiro e por isso não desiste nunca.

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