24 de mai. de 2010

Mirian Leitão-Assado

A rádio CBN fez uma série de entrevistas com os pré-candidatos a presidência, a se saber, o prefeito José Serra, a ministra Dilma Rousseff e a senadora Marina Silva, um por semana a cada segunda-feira, pois bem. Hoje foi a vez de Marina Silva. Não estou nem vou aqui levantar qualquer tipo de bandeira política, o voto é secreto e eu defendo este direito, nem significa que pelo fato deu ressaltar aqui a brilhante fala de Marina, hoje, que eu votarei nela ou que apóio seu partido ou até mesmo sua candidatura. O que faço aqui é uma observação breve sobre o que significa a mídia e seu jogo deplorável de tentar derrubar certos direitos que são fundamentais, oriundos de uma sociedade democrática.

A comentarista de economia, Mírian Leitão, que embora tenha falas muito duvidosas e confusas em termos conceituais sobre o que de fato representa nossa economia, foi questionar Marina Silva sobre seu posicionamento contrário ao plano real e demais assuntos de foco econômico no passado. A senadora refletiu dizendo que por diversas vezes reconheceu, e até publicamente, que errou sim ao julgar determinados temas com pouco tempo hábil para uma boa avaliação do que é bom para o Brasil, e mais uma vez reconheceu seus erros. Então, valida de algum tipo de deselegância fantasmagórica, que diga-se de passagem, não percebi em nenhum outro comentarista ou em qualquer outra entrevista, surge Mírian mais uma vez questionando Marina sobre se o eleitorado poderia confiar em alguém que muda de opinião, o que nos garantiria que ela não mudaria de opinião mais uma vez. Apesar de ser completamente desnecessário desbancar este argumento biltre, resta sinalizar o que disse Marina (em outras palavras, muito menos bonitas que as usadas pela senadora): se Mírian Leitão hoje é aliada do meio ambiente expondo em seus comentários visões alternativas e etc, há que se respeitar o direito das pessoas de reconhecerem seus próprios erros e modificarem para melhor sua visão de mundo, para que o Brasil saia ganhando.

Portanto, não me importa muito o que você pensa agora, mas se eu fosse presidente criaria um ministério que infelizmente ainda se faz necessário no Brasil, seria este o ministério da ética cujo bastão eu passaria sem questionar à Marina. Como ela mesma diz "o que interessa é discutir o que é pertinente para o Brasil". Que venham aqueles que pretendem pelos métodos antiquados bagunçar a ordem das coisas, e que terminem assim, em silêncio e sem resposta, porque aquele que cala consente.

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