18 de ago. de 2014

Viveiro

Se assim fosse
A terra uma constante
Girando ao fim não tão distante
Seria ele verdade pra mim.
Porque o que o vento me trouxe
Não passou nem por perto
Dum trilhar incerto
Das notas desse violão,
Que violará as provas
Das trovas os versos
Em múltiplos universos
De uma só canção,
E, ão de cruzar espaços
Espaçar os laços
Na vida pura e distinta, 
Sei que irão.
Dizem as tintas, 
Por páginas negritas
Em palavras aflitas 
Que não,
Mas se pudesse 
Da aranha que tece
Do tordo que sonha
A teia das penas que avoam
Em meu coração
Matar o que há bem no peito
Dar cabo do crime em juízo perfeito
Ouso a dizer em direito
Que pra esse amor não há perdão
Tomou meu ser sozinho
Fez pra si um cantinho
Escorraçando a solidão,
Encantando os canos
Becos escuros, redutos
Cantando o amor em meus dutos
Fazendo-se platéia de mim
E de resto
Em tudo a que me presto
Só há uma coisa o que fazer
Voar, subir após os tetos
Destes céus encobertos
E viver o pra sempre sem perceber.
Que o meu pra sempre é honesto
Feliz, iluminado e modesto
Se for pra sempre com você.

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