28 de ago. de 2012

Capitulo 01 - Nascimento esquizo


Está feito. Vou escrever uma vida em capítulos. Que mal há nisso? O mundo já está ao contrário mesmo - disse Nando. Crianças precoces tomando atitudes ainda mais precoces. Outro dia um amigo me disse pelo Face que não se espantaria se na farmácia passassem a vender camisinhas do Patati Patatá. Sabe o que é o pior? Quem paga são as crianças. Essas mesmas que mergulham no sexo sem tanque de oxigênio e produzem mais crianças, tipo fábrica mesmo. Mas o assunto está longe de ser moralista. Nem quero ser conservador. Aliás, eu acho democracia uma grande falácia. Se eu fosse Imperador, tudo seria um pouco melhor por aí. Eu até dividiria terras, grana! Que se danem os bancários. Políticos pra quê? As decisões ficariam por minha conta e pronto. Mas esse Deus aí, não dá asas a cobra... Que saudades, Óh, Odin!

Eu não sou mais quem você deixou de vez. Não sou mais aquele rostinho bonito de tv. Tampouco o cérebro por detrás da persona. Eu sou um ruivo, não-judeu, nada preto ou asiático perdido no subúrbio do Rio, zona oeste. Hábitos de nativo, porque não curto baladas, nem paulistas (sorry) porque no Rio a parada é a night mesmo. Mas não a pertenço. Não estou contido, não há intercessão. E por ser libertário, laico e o escambau, sofro de um preconceito psíquico inexplicável. Por quê? Pergunta-se. Porque pode ser que exista somente em minha esquizofrenia - passei a usar esta expressão faz uns meses, curto muito, mas não sei compartilhar.

O que me levou a escrever este troço, foi exatamente isso. Minha maneira quase caótica de pensar, de racionalizar, ou não, o que interpreto sobre o além muro. Por falar nisso, o que me separa de todos vocês é uma infinita parede azul. Ela é infinita pra mim, tipo a água num lance meio marinho, não é piscininha não. A janela, está fechada desde aquele livro paradidático da, o que? Sexta série, eu acho. Era exercício de poesia. A professora não era lá grande coisa e ficou muito puta comigo quando eu interrompi a aula pra explicar pra turma o que era sinestesia. Bem, ela tentou algumas vezes, mas a galera só entendeu comigo. Tenho culpa? Uns ocupam cargos por condição, outros por talento. Não me importava com a condição dela, era apenas um jovem rebelde (huahuahuahua nunca fui). Mas a porcaria de exercício de poesia me inspirou. Vício. Adicção perfeita. Passei a tornar hermético tuuudo isso! "Porque na poesia quanto menos palavras, mais palavras" - essas foram da faculdade. Mas sabe, aquela professorinha tinha o conceito na veia, sem saber, ou apenas não dividia por nos ignorar a todos, éramos crianças tolas, classe mérdia, uns idiotas ainda sem saber do amanhã. E a porcaria da janela aparecia no livro aberta, com cortina. Sem cortina. Vidro numa, na outra nada. Horizonte sempre. Quem disse que precisa ter um? Onde está o estímulo à imaginação? Minha janela é fechada porque quero ver além. Quando eu quero somente pegar ar ou não ver absolutamente nada, eu abro.

É assim com as pessoas. Tente conhecê-las. Pedir por um minuto de conversa franca é ter a mais doce aberração sobre alguém. O milagre da vida não é a diferença! Diferença causa dor, inveja e o cacete. É no erro que mora o homem. O mito não diz que surgimos de um? É esse o pulo do gato! De uma mordida à paixão. Errar para tão somente prosseguir. Porque quando o igual surge, vem no pacote a apatia, isso seca o óleo da engrenagem. Lembra aquela parada de socialismo, não, utopia, essa é a palavra. Então. "As mesmas roupas. O mesmo carro? Isso é possível?" Claro que não! Do igual não surge nada. Eles se somam, ficam maiores, mas criatividade mesmo, duvido. Só que era pra surgir. Buscamos semelhanças o tempo todo porque encontrar diferenças e lidar com elas é desafiador, cáustico demais. Daí, olha a zona de conforto... Olha a zona! "Respeite as diferenças" - dizem. Eu diria: aprenda com elas, passou da hora.

Uns strikes, um gole de chá gelado de pêssego e alguns pastéis. Um filme engraçadinho qualquer - e em um ano ou menos este espaço do HD estará ocupado com outra coisa - acompanhado de momentos felizes. Tudo isso num dia. Mas quem lê o que estava martelando? Quem entende que questionamentos coadjuvantes não vencem prêmios nobéis? Não sei. De verdade. Nessa hora eu me ponho um pouco acima de tudo e não me importo. Minhas olheiras falam por mim, e não é por perder o sono, isso nunca. É por gostar de dormir tarde mesmo, aliás, boa primeira noite pra vocês. Acho que amanhã pode ter mais!

3 comentários:

  1. Muito boa a vista do seu ponto. E sempre interessante conhecer a verborragia do hipotálamo alheio

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  2. E pode deixar que vou me lembrar muuuuito bem da parte que diz "que se danem os bancários". ah, se eu vou!

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  3. Louca para o próximo capítulo!nunca vi vc tão transparente assim!Parabéns!

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