3 de mai. de 2015

Sons e Cores

Batiam lhe as ondas de um mar revolto
Castigando em mares de sal e esgoto
As costas amargas de praias assim,
Donde nadam golfinhos, gente, tartarugas
Num tempo em que o próprio tempo exibe suas rugas
De uma vastidão ímpar sem fim

Até que a tarde findasse em festas de luzes
As horas em frestas pintando o mar em cardumes
De cores, canções, lixo e viveiros humanos
Ou até quem sabe, meu olhos, as vistas se turvem
Pelos grãos de areia, o verde, nas nuvens 
Guarda sois, latões, amores, paixões e enganos.

Na sonora e tardia harmonia
A voz de que mais me valia
Surgia do esforço de dias assim
Coloridas de mares, céus e sorrisos
Do fundo, daquilo que mais preciso
O tudo que em minha volta foi feito pra mim.

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