4 de abr. de 2014

Do fim ao começo

A luz roubada
A chama acesa
O nó que havia
a garganta ingrata
não abranda nada
Nem se sobre a mesa
É da voz a via
nova vida desata

O silêncio, a palavra
um gesto um sabor
É toda alegria
É fim de toada
violência se guarda
No peito essa dor
É som no meu dia
À noite é amarga

Quem dera fosse um roer, um sorrir, um segundo,
A iluminar o azul que me faz devorar
O tempo em que sonhava um amor maior que tudo
E a certeza que tenho todos os dias ao acordar.
Quer a tristeza ser neve, fria... E passageira
Quer às vezes me ter, noutras abandonar.
Quer o amor ser onda que me carrega, ligeira
Mas que no meu eu de areia
Há de bater, há de sempre voltar.

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