14 de dez. de 2011
Prematuro
Nascem paixões incandescentes
Brotam flores em chamas e almas carentes,
tudo descansa no ventre do mundo.
No ventre do mundo
Labaredas dançam cirandas nuas
ao som de canções só suas.
Existe vida no ventre do mundo.
E quando o parto acontece
No rasgo, no arrombo, na fúria
O destino nos desgraça à sorte do que nos parece
um brinde à morte na mais pura luxúria
E no ventre do mundo
Surgem as filhas da canção,
bailando lanças ao coração
dos que desejaram ter tudo.
Declara-se loucura desmedida
Aos que juraram amor,
porque é pela dor
que se mede a profundidade da vida.
E o paraíso concreto
Construído às bases do sonho
se parte ainda desperto
Porque a utopia o faz estranho.
Oscilam-se as crenças.
Acinzenta-se a mente.
Não há diferença.
A verdade só mente.
E no ventre do mundo
Minhas palavras somem,
Por saber que não importa o que eu diga ou faça
Estamos todos, no ventre do homem.
12 de out. de 2011
"César is home"
César, o marco zero. |
Conan não é bárbaro
Conan por Jason Momoa |
Lanterna... dos afogados
Lanterna Verde pode não ser o filme do ano. Roteirozinho batido, filme fraco, atuação mediana do protagonista, mas quem estava esperando algo diferente disso, por Oa! Não tinha como esperar que o filme fosse merecer qualquer Oscar, vai. Só que não podemos nos furtar de dizer que os efeitos especiais surpreenderam, e surpreenderam muito. Imaginei, sinceramente, que os efeitos ficariam muito abaixo do que vi, afinal, interpretar um poder que de alguma forma altera a realidade de acordo com a vontade de quem o utiliza é de fato uma tarefa difícil, e depois, sabemos que Hal Jordan pode ser um dos melhores, mas nunca foi conhecido como o mais criativo dos Lanterna, mas as manipulações do anel ficaram boas.
Gosto de como retrataram Sinestro. Simplesmente perfeito. Já Parallax... Sem comentários. Sabe quando o dinheiro da produção acaba e tudo o que você pode fazer é criar uma massa disforme, sem muitos detalhes, que é assustadoramente grande e vai acabar devorando tudo o que existe, pra não ficar tão mal na fita? Foi o que fizeram e me deu um pouquinho de pena, porque a proposta não foi reescrever a história, e sim leva-la ao cinema. Mas nada é perfeito, nem essa trilha sonora...
No final das contas, as melhores cenas acabam valendo o filme para os fãs. Destaco a fuga de Abin Sur e, é claro, Sinestro revelando-se o líder da Tropa Amarela tentando nos motivar para ir ao cinema ver o "2". Por você, Sinestro... Por você vou pensar no caso.
Sinestro por Mark Strong |
FICHA TÉCNICA
(Green Lantern, 2011)
Diretor: Martin Campbell
Elenco: Ryan Reynolds, Blake Lively, Peter Sarsgaard, Mark Strong, Temuera Morrison, Jenna Craig, Tim Robbins, Angela Bassett, Jon Tenney, Taika Cohen, Jeff Wolfe.
Produção: Greg Berlanti, Donald De Line
Roteiro: Greg Berlanti, Michael Green, Marc Guggenheim, Michael Goldenberg
Fotografia: Dion Beebe
Trilha Sonora: James Newton Howard
Duração: 114 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Warner Bros. / DC Entertainment
Classificação: 10 anos
Sinopse
Em um universo tão vasto quanto misterioso, uma pequena mas poderosa força existe há séculos. Protetora da paz e da justiça, ela é conhecida como a Tropa dos Lanternas Verdes. Uma irmandade de guerreiros designada a manter a ordem intergaláctica, na qual cada Lanterna Verde possui um anel que lhe garante superpoderes. Porém, um novo inimigo chamado Parallax ameaça destruir o equilíbrio das forças do Universo e o destino dos guerreiros e do planeta Terra estará nas mãos do seu mais novo recruta, o primeiro humano a ser selecionado para a Tropa: Hal Jordan (Ryan Reynolds), um piloto de testes talentoso e audacioso.
6 de set. de 2011
A simple thing
25 de ago. de 2011
Aprovado
16 de ago. de 2011
Efemeridade
11 de ago. de 2011
Naufrágio
5 de ago. de 2011
Silêncio
2 de ago. de 2011
Avante, Vingadores!
Oh, Harry!
Punch Sucks
28 de jul. de 2011
Coisa de mulherzinha
É claro que algumas características femininas colaboraram para este estágio em que chegamos. Multitarefa, resistência à dor, visão familiar, a maneira como preferem não lidar com riscos altos, enfim, características que não são encontradas na maioria dos homens no mercado. Elas chegaram e chegaram com tudo! Talvez tenham escutado demais aquela frase na infância: isso é coisa de mulherzinha! Vamos brincar de casinha? - pediam. O homem, distante deste universo, perdeu a chance de aprender um pouco ao dizer não. E isto não é uma campanha para que os homens digam sim, é apenas uma constatação de que tabus a parte, se as mulheres conseguiram superar o trauma histórico do preconceito, se futebol com cerveja não é mais coisa de macho, nós homens precisamos fazer uma autoanalise para descobrir onde estamos errando.
Muito embora pareça, esta não é uma guerra dos sexos. Se a biologia explica que as fêmeas estão em maior número por serem mais adaptáveis ao ambiente, quem seremos nós ao contrariarmos Napoleão para entrarmos numa batalha perdida? Temos de aprender a lidar com isso e reconhecer a mulher como força motriz em nossa sociedade.
Porém cabe advertir: na mitologia grega somente uma entidade tinha o poder de julgar e condenar qualquer Deus à dor e à loucura, era "As Fúrias", ou seja, mulheres. Se de todas as espécies na natureza as fêmeas são sempre as mais perigosas, se existiu uma guerra dos sexos... É senhores, admitamos a derrota.
18 de jul. de 2011
Vidas e estradas
14 de jul. de 2011
Cotidiano
29 de jun. de 2011
Capricho
angústias e pegadas sem fim.
Solidão companheira, sem demora
encontra um espaço em mim,
Com suas juras de amor temporário
nenhum carinho, desejo ou verdades puras
Datas marcadas em um calendário
Reflexo vazio às escuras.
No entanto me vejo em alguém
obscurecido entre pensamentos, jóias, pinturas.
Perdido por não saber o que me mantém,
recorto na mente multiplas gravuras
descubro a grandeza de meu próprio desdém
estou novamente fechado, lacrado com minhas loucuras.
28 de jun. de 2011
Deus nos livre de um estado evangélico!
Séculos depois o saldão não me agrada. Seria muito dizer que já naquela época, a maldita aristocracia havia desenhado um projeto? Sim, porque a "nova" igreja favorece ao comércio, à economia, (não podemos esconder a verdade por detrás do protestantismo que é o dinheiro) e o mundo hoje vive em função de suas relações econômicas. Os países mais ricos do mundo, com excessão dos orientais, são evangélicos. EUA, Alemanha, Canadá, Grã-Bretanha, Suíça, Suécia, e por aí vai a lista. Lutero queria sim detonar a Igreja Católica, mas religiosamente falando. Só que mais do que isso, haviam desenhado um futuro para o Estado, um futuro evangélico.
No Brasil, a coisa está ficando feia, diria que "abençoada" demais. No Rio de Janeiro, perdemos a conta de quantas igrejas existem. Aliás, arrisco a fazer a seguinte observação: existem mais igrejas que padarias nas áreas mais carentes do Rio.
Elas surgem como que do nada com apoio da comunidade local, apoio financeiro vindo de famílias que não possuem muito. A desculpa é que "a obra do Senhor não pode parar". Quem é esse Senhor de quem falam? Se for o mesmo Cristo do qual falam outras doutrinas religiosas, eu duvido. Devem ser os pastores, até porque, os caras viram líderes religiosos em pouco tempo. Dali a pouco, líderes comunitários. Passam a regular a vida das pessoas daquela comunidade que no final das contas, acabam esquecendo quem deveria ser seu exemplo primeiro, Jesus. Mas é claro, se O Cara estivesse em primeiro plano, seus "emissários" não estariam lá na frente ditando as regras do jogo, morando de graça, viajando e dirigindo carros importados. Não entra na minha cabeça que um pastor tenha tanto quando seu maior exemplo teve tão pouco. Acho que o curso de teologia anda meio defasado, sem disciplinas certas... Economia eu sei que tem.
Mas o que mais me assusta não são os escândalos envolvendo igrejas evangélicas, até porque, diante de tantas, sei que o número de igrejas honestas deve ser maior que o de igrejas filhas daquela senhora, existe gente boa em todo lugar, prefiro acreditar, inclusive, que existe mais gente boa que gentinha, no mundo. O que me assusta mesmo são a quantidade de canais de tv e rádio que essas igrejas estão comprando, e com eles os abortos que tem produzido. Os programas são péssimos. Os pastores, cada um mais fake que o outro. Abusar da fé humana é uma prerrogativa histórica, ok. Mas Ele avisou: "haverão falsos Cristos e falsos profetas." Nas igrejas então...
Não adianta negar, eles estão tentando realizar o projeto de Martin Lutero. Vamos rezar para que morram na praia?! Não dá pra encarar um futuro retrógrado em que o Estado, que no nosso caso já não anda lá essas coisas porque nosso Governador insiste em ser absolutista, aliado à Igreja, qualquer que seja ela, resolva regular a vida de seus cidadãos.
Fica aqui o recado: estudem mais, leiam, sejam críticos. Perguntem-se se existe a necessidade de se criar um império em torno de um homem que pregava amor e humildade. Eu, se fosse ele, estaria com vergonha.
22 de jun. de 2011
Palavras mofam...
Nunca mais olhei para as fotografias da mesma forma. Em cada imagem um amarelado, um avermelhado diferente. Casas que não se constroem mais. Quintais que jamais terão árvores para se subirem novamente. Nenhum parquinho de areia será o mesmo mais uma vez. Roupas que não nos cabem, penteados inaceitáveis, costumes falidos. E conosco, as palavras escritas no tempo mofaram. Desamores, rompantes de paixão, felicidade incontida, nada mais faz sentido. A efemeridade das coisas novas nos roubou o valor das coisas velhas e o que nos constituiu a verdade, não mais o fará. Perderá rapidamente a cor, cairá no infinito vão entre o homem e a realidade.
Com o sonho, tudo há de se recompor.
21 de jun. de 2011
Rio has a trouble: cleansing or solving?
At first, I would like to thank you, foreigner readers, for all the support you give me when you visit this blog. Maybe I have to apologize because I've never post something in English here. So, this will be my first try. Hope you all enjoy it!
Rio de Janeiro is facing a very hard trouble: drug traffic. In spite of the fact that your newspaper maybe does not have this kind of subject on its pages when talking about Brazil, our population here has to deal with this problem daily.
As we all know drugs are a worldwide problem. But here, in Brazil, specially in Rio, our Government has to combat not only its social effect but its organization, or better, all of the organizations that exist here. They occupy the slums, forcing young boys to work for them as true soldiers persuading them by a small amount of money that its poverty and misery are not capable of producing.
Geographically, our city has grown around the slums, and, as a cultural capital - in southeast of Brazil - Rio de Janeiro used to attract people from all parts of the country, people who were after a chance of success or just money, and it still does. As long as the city could not offer them these possibilities, slums were growing but the state was weak. Historically, our Government was out of money during this period, and in fact, there was not any kind of public policy to help this situation not to happen. This scenery added to bad salaries for our police forces made our police corrupt. Policemen started to close their eyes for dirty in exchange of money and all the problem that we face now is a consequence of this historical process.
Nowadays, the Government has money. Royalties of oil, tourism, and other sources are responsible for that. Rio became famous once more. Its glamour and beauty has made it the host of very important events, but our dirty is still under the carpet. Our Governor, maybe I could say Ruler (a word that carries an old conception in it, very propitious, anyway) Sergio Cabral Filho has developed a policy of pacification of the slums. The police force of the state goes there and occupies the territory for days. Of course, the bandits run away every time, but some conflict cannot be avoided, actually. The bandits go to another territory dominated by another drug traffic faction and a war between them starts in the middle of a community that is in there.
Not far from it, the president of US was praising this policy, and of course, we know why.
This was only a point of view, I’m sure. But the thing I was wondering you to see is that we are humans. Sometimes war tactics are not applicable. Lots of innocents, pour, simple people, are suffering with this process victimized by a policy that has no other purpose than change the problem place and makeup our society. We have to attack poverty with education and opportunities, citizenship on its true form.
I will keep my concerns about this issue hoping you all could think about that too.
(Sorry about the English^^)
17 de jun. de 2011
Autobots, transformar!
Quando era criança, assistia ao desenho animado "Transformers", aquele do "A-i-õ-õ" (era esse o barulho que os robôs faziam ao se transformar em carros e tudo mais). Só que quando criança, não me tocava na sofisticação da ideia: seres alienígenas, feitos de pura tecnologia, tiveram seu planeta destruído porque sua sociedade se partiu em duas "facções" que acabaram se enfrentando numa grande guerra; dali, os sobreviventes passam a viajar pelo espaço para tentar obter uma fonte de energia que os mantivesse vivos, afastando assim o perigo de extinção, e acabaram parando na Terra. Cara, isso é muito louco! É uma baita duma metáfora do que foi a Guerra Fria, a Corrida Armamentista e ainda tenta nos incutir que existe a possibilidade de parte de nossa tecnologia serde alguma forma alienígena. Ok, nem tanto ao céu, nem tanto à terra (embora eu não seja tãocapaz de duvidar de certas coisas).
Gosto da ideia de Transformers assim como gosto dos filmes, dos desenhos, enfim. Nos faz pensar e no mínimo é uma ótima fonte de entretenimento. As cenas de ação são um bocado interessantes, o ritmo que os minutos finais deste segundo filme nos impõem é ótimo, bem como um filme de ficção/ação deve ser. Os atores, bem, são para mim como coadjuvantes, e sinceramente, os humanos até acabam levando um destaque meio excessivo, afinal, não contamos nem com os X-men ou os Vingadores, nem com a Liga da Justiça.
No final das contas, estou ansioso para ver o terceiro e de tal forma que gostaria muito de que uma boa produtora fizesse do filme uma baita série.
FICHA TÉCNICA
(Transformers: Revenge of the Fallen, 2009)
Diretor: Michael Bay
Elenco: Shia LaBeouf, Megan Fox, Josh Duhamel, Tyrese Gibson, John Turturro, Matthew Marsden, Glenn Morshower, Ramon Rodriguez.
Produção: Mark Vahradian, Steven Spielberg
Roteiro: Roberto Orci, Alex Kurtzman, Ehren Kruger
Fotografia: Ben Seresin
Trilha Sonora: Steve Jablonsky
Duração: 148 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Di Bonaventura Pictures / DreamWorks SKG / Paramount Pictures
Classificação: 10 anos
Sinopse
Sam (Shia LaBeouf) e Mikaela (Megan Fox) voltam a ficar na mira dos Decepticons, que desta vez precisam do rapaz vivo, já que ele detém conhecimentos valiosos sobre as origens dos Transformers e como aconteceu a história dos robôs neste planeta. Em paralelo, os militares americanos e uma força internacional unem-se aos bons Autobots para enfrentar os vilões.
5 de jun. de 2011
Astonishing!
Sinceramente, me espantei quando vi a opinião da crítica e estava achando que mais uma vez iria ao cinema pra ficar louco com as maluquices que colocaram no filme. Bem, a primeira turma dos X-men era composta por: Garota Marvel (Jean Grey), Ciclope (Scott Summers), Homem de Gelo (Bob Drake), Fera (Hank McCoy) e Anjo (Warren Worthington III). Quando vejo o trailer e desses aí só vejo o Fera, pensei: Oh, Deus! Pra variar a confusão de personagens foi estupenda, porém, ver Matthew Vaughn, o mesmo diretor de Kick-Ass - Quebrando tudo (Kick-Ass, 2010), me deu novas esperanças.
O filme realmente supera as expectativas. Uma adaptação fantástica sobre o possível começo da amizade entre Charles Xavier (James McAvoy) e Max Eisenhardt (Michael Fassbander). - Espere um minuto, você não deve saber de quem estou falando. Bem, este é o verdadeiro nome do Magneto que ao sair dos campos de concentração nazistas adota pra si o nome do pai, Erick. Voltando - Mais que um filme de ação, X-men: First Class traz um clima de espionagem que agrada muito seus fãs, afinal, a grande questão deles era não aparecer em público, realizando missões sempre às escondidas, como verdadeiros espiões. A ideia agrada tanto que Craig Kyle e Christopher Yost (roteiristas da Marvel) ressuscitaram a X-Force em grande estilo, com esse mesmo quê de espionagem só que mais sanguinolento.
Por fim, destaques especiais para a cena tarantinesca protagonizada por Michael Fassbander e para as aparições de James Howlett (Hugh Jackman) e Raven Darkholme (Rebecca Romijn).
Ps. Não comprem dois ingressos para se certificarem de que Stan Lee aparece ou não, não lembro dele ter aparecido. Comprem dois ingressos porque o filme é ótimo!
FICHA TÉCNICA
(X-Men: First Class, 2011)
Diretor: Matthew Vaughn
Elenco: James McAvoy, Michael Fassbander, Alice Eve, Kevin Bacon, Nicholas Hoult, Jennifer Lawrence, January Jones, Rose Byrne, Jason Flemyng, Oliver Platt
Produção: Gregory Goodman, Simon Kinberg, Lauren Shuler Donner, Bryan Singer
Roteiro: Jane Goldman, Jamie Moss
Fotografia: John Mathieson
Trilha Sonora: Henry Jackman
Duração: 132 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ação
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Donners' Company / Marv Films / Twentieth Century Fox Film Corporation
Classificação: 12 anos
Sinopse
Antes de Charles Xavier (James McAvoy) e Erick Lensherr (Michael Fassbender) se tornarem o Professor X e Magneto, respectivamente, eles eram dois jovens que estavam descobrindo seus poderes como mutantes. Amigos íntimos, trabalham juntos e com outros mutantes na tentativa de deterem uma ameaça global. Neste processo, porém, os jovens mutantes derem início à rivalidade que os acompanhou pelo resto de suas vidas.
3 de jun. de 2011
Face a Face
Só uma força fugaz ainda resiste
Ao tempo que chora em teu leito vadio
Uma respiração cálida, num peito vazio.
Grita áspera tua alma por saber da noite
Frio beijo ao rasgar teu sentimento num açoite
Sangra tua face ao chorar de dor
Escurece-te, amarga-te a mente por falta de amor.
Fantasmas te assombram
Vozes do passado ainda o chamam
Pensamentos te destroem
Teu suor a cama os lençóis corroem
Levanta-te e segue a trilha que traçastes
Cola o coração que despedaçastes
Junta as partes de si mesmo sem saber
Mistura-te com outros a esmo do poder.
O chão que pisas não mais o sustenta
A sombra de teus passos é o carinho que o acalenta
Falta tato. Sentir. Juras de paixão... futuro.
Falta tanto sentimento... mas por você eu juro
Ódio ou amor eterno, o que seja, pois o que você de mim deseja
É uma vida minha, tua, algo que entendes por seguro.
Mas em meu ser só há espaço pra um pesadelo
Carinho ou que mais violento desejo eu compreenda
Cabe apenas olhar e muito desespero
Ruína de destino, da caverna a luz da fenda
Se por um lado calor, veneno e destempero,
Por outro o demônio que em tua face se apresenta.
1 de jun. de 2011
O cartão de junho
Rafael tinha tido uma manhã difícil. Ele sabia que acordar seria complicado a partir do momento em que saíra da cama. Arrumar o quarto, por as coisas na mochila, esquentar o almoço. Buscar um irmão na escola, ligar para seus pais, infelizmente separados.
- Mãe?! Tudo certo sim, to quase saindo! Claro, ligo sim. Pode deixar, mãe. Um segundo que meu pai está me ligando. Pode deixar! Eu sei, beijos.
- Oi, pai... Não, estava com minha mãe ao telefone. Claro que não! Contanto que você não esqueça que no final do mês vou ver aquele curso que te falei. Tá bem. Estou saindo pro trabalho, depois nos falamos. Beijo.
O ônibus que ele costuma pegar não parou desta vez. O sol estava tímido, mas suficientemente quente para suas roupas. Apesar de magro, ele adora andar com camisas de manga comprida. Suéter, óculos, camisa, calça jeans, sapatos, e nada do ônibus. Ele tentava se concentrar no que pensar, tentava ouvir músicas, mas precisava pegar sua condução e ter mais um daqueles dias lindos de trabalho exaustivo.
Ao final do dia, o jovem rapaz estava prestes a sair do trabalho. O resultado era o de sempre: pouco dinheiro, muito esforço e cobrança, um dia como outro qualquer. Mas no fundo, ele tinha um motivo chamado amor. Não era tão bom falando, ficava um pouco desnorteado, mas se arriscou a escrever um pequeno cartão.
"Amor, Desculpa! Eu sei que ultimamente eu tenho sido um poço bem fundo de indiferença e ignorância pelo telefone. Não é pessoal, não tem como ser, pois quando estamos juntos o meu humor muda e eu não consigo parar de sorrir. Você tem sido mais que especial em minha vida, sabe disso. E talvez seja por isso que eu anseio tanto pelos nossos finais de semana; porque neles eu posso extravazar tudo o que eu comprimi durante a semana inteira. Para ser sincero,como sempre sou, eu tenho que admitir que tenho muito medo de que você duvide do amor que sinto, que numa dessas ligações você entenda algo errado e pense que sou uma pessoa indeferente, que não liga para sentimentos. Amor, você me conhece, eu não sou a melhor pessoa do mundo, mas eu tento. E você me tem feito acreditar veementemente que sou. O dia, por mais lindo que tenha sido, começou numa correria e eu não dei conta de tudo. Queria ter sido mais carinhoso com você, ter falado coisas bonitas quando você me ligou, mas eu estava com fome, precisava trocar dinheiro, o pagamento veio pouco, a pausa já estava estourada e para completar quando fui abrir o hamburguer o celular caiu no chão.
Quero logo chegar em casa para que eu possa estar com quem tem me dado uma nova perspectiva na vida."
Ele chegou sem flores, apenas um cartão. Tirou os sapatos, pediu uns minutos para tomar banho. Pôs um pijama confortável e de tanto amor, dormiu antes mesmo de se sentir completo para deixar para os sonhos o desejo de ser feliz amanhã. Mais uma vez.
25 de mai. de 2011
Não é feitiçaria, é cinema mesmo
Vamos lá. Não é que seja um filme ruim, mas sabe quando você tem a sensação de ter visto milhares de filmes no mesmo estilo? A historinha é meio batida, os efeitos especiais das magias, pelo amor de São Francisco Califórnia, o que é essa onda de feiticeiro lançar hadou-ken?! Eu realmente não entendo como um filme, que apesar do roteiro, tinha tudo pra ser um excelente filme de ação/ficção... Ok, não tinha não, esquece o que eu disse. Mas pelo menos você ainda vai poder vê-lo na sessão da tarde e se perguntar onde foi parar o filme do Harry Potter (Harry Potter and the Sorcerer's Stone, 2001) ou Abracadabra (Hocus Pocus, 1993) com as maravilhosas Sarah Jessica Parker, Kathy Najimy e Bette Midler. Tá vendo, era pra falar do Aprendiz de Feiticeiro e cá estou eu...
Bem, aproveitando o embalo das atuações. Onde eles encontraram Jay Baruchel? O cara deveria ganhar o maior prêmio voz chata do ano (vou até ver alguma outra coisa dele pra não ficar com essa má impressão)! Mas tudo bem, ele tem vocação pra nerd, e é inegável que a personagem "Dave" caiu como uma luva, mas acho que Jake Cherry deu uma banho nele fazendo sua versão infantil.
Acho que era isso. O que salva é Monica Bellucci com sua beleza feérica, lábios provocantes, idade bem-admitida e seios fartos. Fazem a porcaria do filme e não colocam a mulher na maior parte das cenas pra colocar o banana do Cage... Sinceramente, não sabem ganhar dinheiro.
Ah! E da próxima vez, coloquem ela de Morgana logo!
FICHA TÉCNICA
(The Sorcerer's Apprentice, 2010)
Diretor: Jon Turteltaub
Elenco: Nicolas Cage, Monica Bellucci, Jay Baruchel, Alfred Molina, Teresa Palmer, Toby Kebbell, Omar Benson Miller, Jake Cherry, Peyton List, Robert Capron.
Produção: Jerry Bruckheimer
Roteiro: Matt Lopez
Fotografia: Bojan Bazelli
Trilha Sonora: Trevor Rabin
Duração: 110 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Buena Vista
Estúdio: Walt Disney Pictures / Jerry Bruckheimer Films
Classificação: 10 anos
Sinopse
Dave (Jay Baruchel) é apenas um estudante comum, ou assim parece, até que Balthazar Blake (Nicolas Cage), um feiticeiro experiente, o recruta como seu relutante protegido e dá a ele um curso rápido nas artes e na ciência da magia. Enquanto Blake se prepara para a batalha contra as forças ocultas em Manhattan dos dias de hoje, Dave logo entende que terá de reunir toda a sua coragem para sobreviver ao treinamento, salvar a cidade e ficar com a garota que ama.
Onde moram? Onde??
Cara, agora, falando sério, o que me deixou "meio assim" foi a falta de explicações, foi fazer com que você pense a partir das poucas pistas que o filme te dá e eu gosto disso. Sem dúvida é um filme infantil para adultos pensarem. Não quero fazer desta breve crítica uma resenha crítica de um curso de psicologia, mas dá pra passear pelo campo sem qualquer sombra de dúvida.
Fiquei seriamente tentado a ler o livro pra saber se encontro as respostas que queria...
FICHA TÉCNICA
(Where the Wild Things Are, 2009)
Diretor: Spike Jonze
Elenco: Forest Whitaker, Catherine Keener, Paul Dano, James Gandolfini, Catherine O'Hara, Lauren Ambrose, Tom Noonan, Alice Parkinson, Max Records, Michael Berry Jr..
Produção: John B. Carls, Gary Goetzman, Tom Hanks, Vincent Landay, Maurice Sendak
Roteiro: Spike Jonze, Dave Eggers, baseado em livro de Maurice Sendak
Fotografia: Lance Acord
Trilha Sonora: Carter Burwell
Duração: 101 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Fantasia
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Warner Bros. / Playtone Productions / Wild Things Productions
Classificação: 10 anos
Sinopse
Max (Max Records) é um garoto travesso mandado de castigo para seu quarto depois de desobedecer a mãe. Porém, a imaginação do menino está livre e o transporta para um reino desconhecido. Encantado, Max parte para a terra dos Monstros Selvagens, onde Max é o rei.
21 de mai. de 2011
Um Anjo
senão vontade, reflexão
Sou eu Metade,
sopro da divinação
Se filho de Eva
venho da costela de Adão
Se feito de carne
sou rasgo da imaginação,
Prefiro ser estrela
habitando a imensidão,
Que sangue frio à madrugada
de uma mordida à paixão.
16 de mai. de 2011
Tramas ilícitas
Visito meus sonhos mais distintos
burlando as regras da distância.
Tocando cada sentido que você me desperta
Provando cada gota de paz que de você emana.
Porque nada se compara ao teu olhar
Mesmo que contido, o mais lindo labirinto
distribuído em versos, cânticos melancólicos
gritos desérticos e passos alcoólicos.
Porque assim é você pra mim.
Mas a vida é desejar
E quando desejo você em sonhos, dos mais bonitos,
Não penso em mais nada. É a constância
de ter você, de ver a janela e a lua desperta
sendo cúmplice de uma terna mulher, humana
que nada mais faz senão amar.
Mesmo que um amor torto, porque é como sinto.
Um calor ardente no peito
de um dia qualquer desses sem jeito (algum)
De ser meu amor, de ter um fim.
E é só fechar os olhos
para sorrir a música mais encantadora
Com o som do coração em agonia constante;
na garganta a pele que o sangue não contém;
Na verdade as palavras em sintonia torpe
de uma mentira livresca, velha
Como se putrefata de tanto existir e mesmo
Sem saber para onde marcar a saída ou ir,
Passeia numa confusão de hipérboles e marafonas.
Mas em simples e brilhantes pensamentos
diante da mais completa e absoluta razão
o que nos resta de lucidez ao contento
são as noites de perigosa sensação
a perda de mais um daqueles velhos lamentos
a frase, arrojada da boca sem sentido
Os despertos abrigos, sorrisos em lampejos
de uma vasta manhã, meu sorrateiro inimigo sou eu.
Lutando em desatino por um gracejo teu.
Perplexo. Em cuja avaliação
me fogem vidas ou caminhos de que tanto gosto.
Detestando sábias jóias de real intenção
para trocar as glórias da solidão em que aposto
Provando o gosto de tua sangria incontida
Percebo a desatada paixão que tu querias.
Vou viver agora o desabor da dor da completa alegria
por tudo aquilo que sabia e te daria.
Felicidade, algo que jamais terás um dia.
Impacto
Esta afirmativa definitivamente carrega consigo uma série de reflexões. A primeira delas, sem dúvida, é o fato de que o Brasil, infelizmente ainda está longe de ser a pátria dos sonhos. É bem verdade que o nosso clima é um dos melhores do mundo quando nos referimos ao eixo Rio – São Paulo, afinal, quem possui ar-condicionado não se preocupa com o calor, e no caso de frio, uma boa residência resolve. Claro, a prosperidade da Nova Iorque brasileira supera qualquer outra cidade tupiniquim, assim como as belas praias cariocas, aquelas que dão um toque de superioridade enrustida para o Rio de Janeiro, sem dúvida alguma, bastam. Antes fosse assim.
Fato é que a cada ano, mais pessoas são vítimas de catástrofes de cunho climático quer seja pelo comportamento inusitado que nosso planeta vem apresentando nos últimos anos pela longa exploração incontida de seus recursos, quer pela não infra-estrutura oferecida pelos governos. Nosso Brasil é lindo, mas não podemos esquecer que muitas de nossas cidades foram construídas na contramão da natureza. São bairros-aterros, cidades inteiras construídas em locais em que antes houvera apenas água; estradas atravessando mangues e destruindo tanto flora quanto fauna; rios desviados visando o abastecimento de centros urbanos enquanto ecossistemas colidem uns com os outros na tentativa de sobrevivência. O que custa um trabalho conjunto para acrescer em qualidade real para os futuros moradores das áreas urbanas de nosso país? Geólogos, biólogos, engenheiros, todos deveriam ter espaço público garantido nos governos para não caírem no ridículo de se candidatar à vereança a despeito de resolver problemas antigos que descansam sobre os lençóis empoeirados da corrupção. Mas tudo isso custa, e custa dinheiro. Dinheiro que escoa pelos ralos que a matemática provoca por não ser de fato uma ciência exata, e, que vai desaguar direto nos cofres de quem deveria defender o interesse público, e não os interesses do público.
Sim, definitivamente Michael Foucault tinha razão com o panóptico, Guy Debord também, pois vivemos em uma sociedade do espetáculo. Viver no nordeste, ou melhor, no sertão nordestino em tempos de calor extremo rende manchetes de jornal por dias, o papel ganha peso e valor mais uma vez. O ibope de programas que definem seu trabalho como de ‘denúncia’ continuam exibindo tragédias sem denunciar de fato quem está por detrás da grande sabotagem que cerca o povo sertanejo desde que Lampião ainda era vivo. E por que não falarmos um pouco no sul de nosso país? Apesar de parecer outro país como muitos pretensiosos gostam de afirmar, o sul é somente o sul de um pais de terceiro mundo. O vocábulo pode parecer antiquado, mas em desenvolvimento é quando notamos a existência de programas sociais de resgate cultural, de desenvolvimento e capacitação/qualificação de indivíduos, e não quando ainda notamos que tem gente passando fome, favelas e analfabetos, na verdade ainda existe gente humilde que nem de longe sente o calor do afago do governo, ao contrário, recebe os golpes paulatinamente da cinta de aço do pai-castigo sem o menor aviso. Pergunte para algum deles quem é o culpado por sua fome e trágica ignorância. Pela falta de trabalho digno e pela ausência de honestidade no poder público. A resposta pode vir a ser um “não sei” após um breve período de reflexão.
Você pode estar se perguntando como o assunto pode mudar tanto de direção, afinal de contas, falávamos sobre a verdadeira delícia de se conhecer a cultura ordeira de um país de bases sólidas, cujo governo se cerca de artifícios para defender seu povo, por conseguir de fato definir qual seu papel perante a sociedade. Mas entre tanta turbulência, tornamos claras questões obscuras, intrinsecamente ligadas ao nosso modo de vida atual. Se compararmos nossa moeda a algumas das moedas mais poderosas do mundo como o dólar americano, o euro ou a libra esterlina, perceberemos o quanto nossa economia ainda está aquém de se definir como fator determinante e atrativo para que as cabeças pensantes de nosso país se detenham dentro de nossas fronteiras. Mas a raiz do problema nem esta na moeda, até porque, se os salários fossem um pouco maiores, certamente os engenheiros, médicos, doutores, professores, mestres, estariam aqui, em um solo mais fértil, provando das delicias da nossa terra, das combinações que nosso arroz com feijão permite, e não do fast food barato que se encontra por aí.
É Brasil, por vezes sinto vergonha de você. Não pelo que sou, ou pelo que você nos fez, mas pelo que os seus filhos fazem desde que descobriram como é bom mamar nas tetas de teu seio e descobrir mil amores diferentes, todos os dias, os conduzindo ao berço esplêndido donde reinam eternamente impunes enquanto chafurdam na lama. Vejo a comercialização barata da mão-de-obra de mentirinha que se diz pensante e me sinto envergonhado pelo subproduto desta venda quando converso com ele. Maldita relativização da realidade. O pior de tudo é me sentir culpado e injusto por não compreender o panorama que o pariu, ou aquela senhora que o pariu mesmo.Enquanto isso, prosseguirei escrevendo e quem sabe uma ou outra palavra não te sirva. Em tempos de revolução digital em que blogs não servem para embrulhar peixes, favorite-me, ou quem sabe Alt+F4 não te faz sentir melhor protegido? Terei cumprido meu papel de qualquer forma.
11 de mai. de 2011
Nunca fui muito bom de matemática
Certos roteiros parecem extremamente batidos à minha geração que cresceu com Superman,Star Wars, daí acaba que, realmente, fica meio brabo fugir às histórias em quadrinhos e as animated series. Mas quer saber? Eu gostei do filme. Quer dizer, acho que não farão um dois porque não acho que haverá demanda pra isso. Coitado do Alex Pettyfer que até mandou bem no filme.Os efeitos ficaram simples, mas bacanas. Como a maior parte dos poderes ets deles implicava em aprimoramentos físicos, a ação foi boa, bastante dinâmica. Destaque para Dianna Agron que da uma escapadinha de Glee pra fazer uma pesonagem tão apagadinha quanto a da série, mas embeleza o filme de uma maneira...
Eu sou o número quatro merecia mesmo uma série. Com tanta série porcaria por aí essa podia dar certo. Eu seria o número nove. Poderes? Quem sabe telepatia ou controle eletromagnético!
FICHA TÉCNICA
(I Am Number Four, 2011)
Diretor: D.J. Caruso
Elenco: Dianna Agron, Timothy Olyphant, Teresa Palmer, Kevin Durand, Alex Pettyfer, Callan McAuliffe, Jake Abel
Produção: Michael Bay
Roteiro: Alfred Gough, Miles Millar, Marti Noxon
Fotografia: Guillermo Navarro
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Ficção Científica
Cor: Colorido
Distribuidora: Disney
Estúdio: DreamWorks SKG / Road Rebel
Sinopse
Nove jovens alienígenas, que se parecem muito com humanos, saem de seu planeta-natal, Lorien, que está ameaçado, para se esconder na Terra. Os Mogadorians são a espécie invasora responsável pela destruição de Lorien e decidem perseguir os sobreviventes até o planeta Terra. Cada um dos nove alienígenas tem um número e só podem ser mortos na sequência certa. Até agora, Um, Dois e Três já foram mortos. Número Quatro (Alex Pettyfer), conhecido entre os humanos como John Smith, disfarça-se de estudante colegial. Na escola, conhece Sarah Hart (Dianna Agron), uma doce garota que quer ser fotógrafa. Após fugir durante toda a sua vida, Número Quarto se apaixona por Sarah e agora tem um motivo para parar de fugir.
Na varanda
De noite, vou ver as estrelas. Elas nunca se vão...