Castigando em mares de sal e esgoto
As costas amargas de praias assim,
Donde nadam golfinhos, gente, tartarugas
Num tempo em que o próprio tempo exibe suas rugas
De uma vastidão ímpar sem fim
As horas em frestas pintando o mar em cardumes
De cores, canções, lixo e viveiros humanos
Ou até quem sabe, meu olhos, as vistas se turvem
Pelos grãos de areia, o verde, nas nuvens
Guarda sois, latões, amores, paixões e enganos.
A voz de que mais me valia
Surgia do esforço de dias assim
Coloridas de mares, céus e sorrisos
Do fundo, daquilo que mais preciso
O tudo que em minha volta foi feito pra mim.
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