Costumava pensar
que os textos se formavam sozinhos.
Atiravam-se no imenso e branco vazio da folha
sem medo de ferir, após qualquer vírgula.
E seu exército marchava feroz e audaz,
sem juras de amor,
sem remorso.
Mas finda a folha, tudo se esvaia em silêncio.
Então o texto passou a voar.
Compondo cenários imaginários ao longo da via,
plantando sementes, ordenhando um novo espaço
alimentando o ser.
Cada segundo uma sonora exclamação.
A cada sonho, uma realidade dura,
para cada mão, um trabalho moldado.
Para cada vida, uma outra sua.
Mas se hoje,
nas teclas deste constructo humano eu vejo o texto
Mais tarde, uma máquina há de se provar palavra
e eu... que nunca soube coisa alguma, continuarei sem saber absolutamente nada.
Não sabemos o quanto as palavras modificam vidas.
ResponderExcluirAs palavras são assim...mágicas.
Bj, Aninha.